O pecuarista araçatubense Mário Canovas Franco (MDB), apontado como o quarto candidato mais rico do Estado de São Paulo, com uma fortuna de R$ 93,4 milhões, obteve apenas 30 votos nas eleições de 2024 e não conseguiu realizar o sonho de conquistar uma das nove vagas da Câmara Municipal de Auriflama (SP).

O pecuarista Mário Canovas Franco, de 78 anos

Nascido no bairro Traitu, em Araçatuba (SP), em 6 de novembro de 1945, Franco mudou-se com a família para Auriflama em 1954, aos 9 anos de idade, e em 2024, participou pela primeira vez de uma eleição.

À reportagem, disse que era sua última chance de deixar o seu nome marcado na política de Auriflama, embora não haja idade máxima para concorrer a um cargo eletivo no Brasil, segundo a Constituição Federal.

Apesar do desejo de deixar seu nome na história do município e, a despeito de sua fortuna, o candidato milionário não desembolsou um único centavo para sua campanha eleitoral.

Pelo menos é o que consta no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde são divulgadas as receitas, despesas, doadores e fornecedores. Ou seja, o afortunado teve uma campanha paupérrima, sem um vintém empregado para divulgar seu nome e ideias entre os auriflamenses.

Ele, assim como os outros 78 candidatos a vereador de Auriflama, poderiam gastar um total de R$ 29.009,29 na campanha, segundo a Justiça Eleitoral.

FORTUNA

O quarto candidato mais rico do Estado de São Paulo declarou sete bens à Justiça Eleitoral (Veja lista abaixo). Dentre eles, há uma fazenda localizada no município de Costa Rica (MS), com 1.302 hectares, avaliada em R$ 39.060.000,00. Ele também é dono de 50% de outra fazenda, com 1.815 hectares, na cidade matogrossense de Alto Taquari, no valor de R$ 36,3 milhões.

No Estado de São Paulo, sua fortuna de R$ 93,4 milhões fica atrás apenas do patrimônio do então candidato a prefeito de Sâo Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, que ocupa a terceira posição entre os candidatos paulistas mais ricos, com R$ 169,5 milhões em bens; do candidato a vereador Jonas Afonso de Moraes (Podemos), de Mogi das Cruzes, com R$ 617,9 milhões; e do candidato a prefeito de Marília pelo PRTB, João Henrique Pinheiro, com a cifra de R$ 2,8 bilhões.

Por ironia do destino ou não, nenhum dos quatro candidatos paulistas mais ricos conseguiu se eleger. Marçal não foi para o segundo turno, em São Paulo, cuja disputa ficará em Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL); Jonas de Moraes conseguiu apenas a suplência na Câmara de Mogi das Cruzes e Pinheiro perdeu a Prefeitura de Marília para Vinicius Camarinha (PSDB).