Político chama Sosp de secretaria de ‘serviços porcos’; partido quer sua desfiliação

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O bombeiro civil Levi Fernando, que presidiu o DC (Democracia Cristã) de Araçatuba (SP) até agosto deste ano, está em maus lençóis com seus colegas de partido, depois de ter ofendido funcionários e gestores da Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos). A direção da sigla quer a sua desfiliação espontânea, sob pena de iniciar um processo de expulsão de seu correligionário agora malquisto.

Levi Fernando será convidado a se retirar do Democracia Cristã, sob pena de ser expulso

Tudo aconteceu após a gravação de um vídeo que circulou nas redes sociais e aplicativos de mensagens no fim de semana. Nele, Levi Fernando aparece de chapéu e sem camisa, em um momento de lazer na Acerma (Associação Cultural Esportiva e Recreativa Municipal de Araçatuba), que é presidida por ele.

Ele inicia o vídeo mostrando os preparativos de um churrasco, com um copo de cerveja na mão. Filma a piscina, diz que está limpinha, e que ele está pronto para o “merecido mergulho”. Na sequência, diz: “Um abraço e carinho especial a todos vocês nossos grandes amigos aí da Secretaria de Obras e Serviços Porcos”.

O conteúdo incomodou o secretário-geral do partido, Gleverton Cândido, que já encaminhou uma nota ao Sisema (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araçatuba e Região) e à própria Sosp, na qual repudia a atitude de Levi Fernando.

“Nós nos solidarizamos com o Sisema, que representa todos os servidores municipais, e com os funcionários da Sosp. FIcamos chocados, não compactuamos com isso. Ele desrespeitou a ética e o respeito que o Democracia Cristã exige de todos os filiados”, afirmou Cândido à reportagem.

Convidado a deixar a presidência

O secretário-geral disse que Levi Fernando foi convidado a deixar a presidência do DC de Araçatuba em 21 de agosto de 2024, devido a situações de sua vida privada que, segundo Cândido, não vêm ao encontro do pensamento do Democracia Cristã. O partido apoiou o prefeito eleito Lucas Zanatta (PL) nas eleições de 2024.

Na ocasião, a opção de renunciar à presidência foi dada pela diretoria local do partido. “Caso contrário, ele seria destituído do cargo”, aponta Cândido. O secretário-geral disse que Levi continou como filiado, porque era candidato a vereador e não havia tempo hábil para se filiar em outro partido. “Por isso aceitamos a sua permanência”, justificou.

Conforme Cândido, será enviado um ofício ao presidente da Acerma, para que ele peça, espontaneamente, a sua desfiliação, assim como ocorreu quando foi dada a opção de renúncia ao cargo de presidente do partido.

Em caso de negativa à desfiliação espontânea, o partido dará início ao processo de expulsão do filiado indesejado.

Outro Lado

A reportagem tentou contato com Levi Fernando, sem sucesso. Assim que houver uma manifestação de sua parte, o seu posicionamento será incluído nesta matéria

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