A Polícia Civil de Birigui (SP) está investigando um caso que envolve um casal acusado de extorquir um advogado, ex-patrão de um dos suspeitos. A denúncia inclui uma série de ações planejadas, como a simulação de morte, ameaças e tentativa de coação para obter vantagens financeiras.
O caso teve início na madrugada do dia 13, quando o funcionário do escritório de advocacia registrou um boletim de ocorrência contra o empregador, alegando injúria racial. Ele afirmou ter sido vítima de discriminação por ser casado com uma pessoa soropositiva e com deficiência visual.
No entanto, no dia seguinte, o advogado compareceu à delegacia para prestar queixa contra o funcionário e seu companheiro, acusando-os de extorsão. Segundo o relato, o casal teria forjado a morte do companheiro e exigido R$ 4 mil para cobrir os custos do suposto translado do corpo de Birigui para São Paulo. Após a recusa do pagamento, o advogado relatou ter recebido ameaças, incluindo a possível divulgação de informações confidenciais sobre seus clientes.
Diante das acusações, a Delegacia do Município instaurou um inquérito e realizou buscas nos endereços dos investigados, com autorização da 1ª Vara Criminal de Birigui. Na última segunda-feira (25), o casal foi conduzido à delegacia, onde admitiu ter apresentado informações falsas no boletim de ocorrência.
Durante os depoimentos, o companheiro do funcionário revelou que a história foi criada com o objetivo de pressionar o advogado a formalizar a rescisão trabalhista e dar baixa na carteira profissional. O funcionário confessou que, por não ter sido demitido, decidiu recorrer à extorsão para atingir seus objetivos.
Com os fatos apurados, a Polícia Civil segue investigando o caso de tentativa de extorsão e abrirá um novo inquérito para apurar o crime de denunciação caluniosa.
