A cidade de São José do Rio Preto (SP) será a sede da 86ª edição dos Jogos Abertos do Interior “Horácio Baby Barioni”, que ocorre entre os dias 8 e 21 de dezembro. O evento, organizado pela Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, reunirá cerca de 6 mil atletas de 126 municípios em disputas por medalhas em 29 modalidades esportivas.
A competição, considerada uma das mais tradicionais do estado, inclui esportes como atletismo, basquete, futsal, ginástica artística e rítmica, judô, natação, vôlei, xadrez e muitas outras. Além disso, novas modalidades como kickboxing e supino RAW também estão no cronograma, ampliando a diversidade do torneio.
De acordo com a secretária de Esportes do Estado, coronel Helena Reis, a expectativa é de um evento memorável. “Os Jogos Abertos fecham o calendário da Secretaria de Esportes com chave de ouro. É uma competição tradicional e que tem como marca a revelação de grandes atletas. São José do Rio Preto está preparada para fazer dessa a mais especial edição dos Jogos Abertos”, destacou.
Os atletas, comissões técnicas e membros das delegações serão hospedados em 43 escolas das redes municipal e estadual de ensino, enquanto as competições acontecerão em 14 espaços esportivos, entre locais públicos e privados.
A cerimônia de abertura será realizada no Teatro Paulo Moura, no próximo domingo (8), às 18 horas. O evento, assim como todas as competições, terá entrada gratuita, garantindo que a comunidade possa prestigiar os talentos esportivos de diversas regiões do estado.
Quem foi Horácio ‘Baby’ Barioni?
Padrinho dos Jogos Abertos, Horácio Geraldo Barioni foi pivô do time de basquete Palestra Itália, que fez sucesso no estado de São Paulo nas décadas de 1920 e 1930. A paixão pela bola laranja, aliás, levou Barioni a criar a competição. Em uma viagem pelo interior paulista, ele acabou parando em Monte Alto para apitar uma partida de basquete e lá conheceu Manuel Carvalho de Lima, presidente da Associação Atlética Montealtense. Das conversas entre os dois surgiu a ideia de promover um minitorneio intercidades da modalidade, que ganhou vida em 1936 com o nome de ‘Campeonato Aberto do Interior’.
Primeira edição enxuta
Quem vê hoje o Jogos Abertos com 126 cidades envolvidas talvez nem imagine que na edição pioneira, em 1936, a competição teve somente seis cidades e uma modalidade em disputa: basquete. Participaram a cidade-sede Monte Alto, Franca, Mirassol, Olímpia, Piracicaba e a mineira Uberlândia, que acabou ficando com o título. Em 1937, os Jogos ganharam um reforço na programação, com a entrada da natação.
Sede ‘forasteira’
Embora seja uma competição com sede no estado de São Paulo, os Jogos Abertos abriram uma exceção em sua segunda edição. Campeã em 1936, a mineira Uberlândia abrigou a competição em 1937 como um prêmio pelo feito um ano antes. Como boa anfitriã, Uberlândia levou o bi em casa.
Cidade mais vezes campeã
Santos é a cidade que mais vezes subiu ao topo do pódio dos Jogos Abertos. Foram 26 títulos. Mas, apesar da aparente hegemonia – a segunda colocada na lista é São Bernardo do Campo, com 15 -, Santos não vence desde 2003, quando foi sede.
Cidade mais vezes sede
Santos pede bis! A cidade litorânea é a que mais vezes foi campeã e também a que mais vezes recebeu os Jogos, com oito edições, sendo a última delas em 2010, ano em que foi vice-campeã.
Domínio joseense
Nenhum município gritou tantas vezes “é campeão!” nos últimos anos como São José dos Campos. São cinco títulos seguidos (2017, 2018, 2019, 2022 e 2023), feito só superado por Santos, que entre as décadas de 40 e 50 enfileirou 15 títulos. No total, São José dos Campos tem sete troféus dourados em sua galeria.
Os Jogos que não aconteceram
Apenas em três anos os Jogos não foram realizados. Em 1989, uma greve de professores da rede estadual de ensino impediu que as escolas servissem de alojamento para as delegações. Já as edições de 2020 e 2021 foram canceladas em virtude da pandemia de covid-19.
Celeiro de talentos
Os Jogos Abertos têm como premissa promover o esporte na fundação, na base. Em 85 edições, muita gente boa saiu da competição para brilhar mundo afora. Alguns exemplos são os medalhistas olímpicos Ricardo Prado (natação) e Rogério Sampaio (judô), os campeões pan-americanos Hugo Hoyama (tênis de mesa) e Fabiana Murer (salto com vara), e a campeã mundial Alessandra Oliveira (basquete).
