O aumento de casos de dengue nas últimas semanas levou o município de Araçatuba (SP) a criar o “Centro de Operações de Emergências de Saúde Pública para Dengue e outras Arbovirores”, para fortalecer as estratégias de controle e prevenção da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
De 1º de janeiro a 13 de dezembro de 2024, data da última atualização dos casos de dengue, Araçatuba tinha registrado 1.948 pacientes com a doença, número 95,3% maior em comparação aos 997 moradores que contraíram a infecção em 2023.
O aumento nos casos começou a ocorrer em outubro, quando foram contabilizados 120 pacientes com dengue ante os 72 registrados em setembro. Em novembro, nova alta, com 288 casos e, em dezembro, até a última sexta-feira, dia 13, eram 161 ocorrências.
Alto risco para dengue
A portaria que institui o Centro de Operações foi publicada na edição desta terça-feira, 17, do Diário Oficial do Município. Conforme o Plano de Contingência Municipal para Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas, Araçatuba está classificada como Alto Risco – Nível 3 para dengue.
A classificação de alto risco decorre do fato de o município ter atingido o limite de incidência acumulada das últimas quatro semanas epidemiológicas, com 120 casas, acima do limite superior esperado pelas autoridades de saúde que atuam no controle da doença.
Plano de contingência
O plano de contingência prevê, dentre outras ações, o diagnóstico laboratorial dos doentes, o acionamento de equipes de saúde, contratação de serviços e aquisição de bens necessários para a atuação na emergência em saúde pública, análise constante da situação epidemiológica e a divulgação da situação à população.
O Centro de Operações de Emergências de Saúde Pública para Dengue será composto por integrantes de diferentes áreas da Secretaria Municipal de Saúde, como Departamento de Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Atenção Básica, Departamento de Urgência e Emergência, Centro de Controle de Zoonoses, além do Conselho Municipal de Saúde e Instituto Pasteur.
Representantes de outros órgãos e entidades, públicos ou privados, assim como especialistas no tema, poderão participar das reuniões como convidados especiais, mas sem direito a voto.