Estacionamento rotativo: Zona Azul deve ser retomada em Araçatuba

Novo secretário de Mobilidade Urbana disse que vai ouvir os usuários do serviço e deverá repassar gestão do serviço para entidades.
Compartilhe

Araçatuba está sem estacionamento rotativo desde o dia 16 de outubro, quando a Prefeitura anunciou o fim do contrato com a empresa Arapark, que fazia a gestão da chamada zona azul no município. Desde então, comerciantes e moradores se queixam da dificuldade em encontrar vagas para estacionar na região central da cidade. A previsão é de retomada do serviço, considerado um “mal necessário” pelo novo secretário municipal de Mobilidade Urbana, Júlio César dos Santos, que irá assumir a pasta a partir de 1º de janeiro de 2025.

A Arapark deixou a gestão da zona azul em outubro deste ano - Foto: Angelo Cardoso/Câmara Municipal de Araçatuba

A intenção, segundo ele, é repassar o gerenciamento da zona azul para uma instituição filantrópica. “Vamos unir o útil ao agradável, ou seja, fazer com o que o sistema rotativo funcione e, ao mesmo tempo, ajudar as entidades que queiram explorar esse serviço”, afirmou Santos, em entrevista ao portal Radar 18 e à Band FM 96,9 de Araçatuba.

Antes disso, a Prefeitura deve ouvir os usuários do estacionamento rotativo, incluindo comerciantes, comerciários e moradores em geral que utilizam o sistema.

Uma das medidas que devem ser revistas é o número de vagas ofertadas na zona azul. O novo secretário de Mobilidade Urbana, que também vai assumir a Segurança Pública, afirmou que a Arapark tinha um total de 1,7 mil vagas. “Mas a gente entende que não há necessidade de tudo isso. Entendemos que de 1 mil a 1,2 mil vagas já atendem o usuário”, disse.

Comércio

Com a suspensão da zona azul, o motorista que chega primeiro ao centro estaciona o seu veículo e lá fica por horas, sem a necessidade de mudar o carro ou a moto de lugar, como ocorria com o sistema rotativo, que permitia manter um veículo estacionado em uma vaga por, no máximo, duas horas, mediante pagamento.

Com isso, os demais motoristas não conseguem estacionar, o que tem gerado muita reclamação por parte de quem possui lojas na região central da cidade. Isso porque, sem encontrar vagas para parar, os motoristas desistem, muitas vezes, de comprar, prejudicando o comércio.

O comerciante César Braga, proprietário de óticas que levam seu nome, é um defensor da zona azul como uma forma de organizar o estacionamento na região central da cidade. Ele chegou a flagrar um ônibus estacionado na rua Oswaldo Cruz, no dia 13 de novembro, que ficou das 11h03 até as 16h08 parado na mesma vaga.

“Só quem tem comércio sabe o quanto a zona azul é necessária. Não é um mal necessário, não, é necessário mesmo. Não importa quem vai tocar, mas tem que ter. As pessoas que vão para as redes sociais reclamarem da zona azul é porque não têm conhecimento de causa e está indo contra o comércio local, que precisa de pessoas no centro, na praça Rui Barbosa, na General Glicério, Duque de Caxias e em outras vias da região central”, finalizou Braga.

Compartilhe