O novo secretário municipal de Saúde de Araçatuba (SP), médico Daniel Martins Ferreira Júnior, anunciou que pretende colocar os prédios das duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), localizadas nos bairros Umuarama e Morada dos Nobres, em funcionamento 24 horas por dia. O objetivo é desafogar o fluxo do Pronto-Socorro Municipal Aida Vanzo Dolce, atualmente a única unidade de urgência e emergência do município.
As duas UPAs foram entregues pelo então prefeito Cido Sério (PV) no último ano de seu governo, em 2016, mas nunca chegaram a ser colocadas em funcionamento como unidades de pronto atendimento, sendo transformadas em UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
A intenção, segundo Ferreira, é que os prédios das duas UPAs funcionem 24 horas por dia, mas de forma mista, sendo utilizada como UBSS durante o dia e como pronto atendimento à noite.
“Vamos colocar um médico das 18h às 22h e um das 19h às 7h. Com isso, vamos reduzir o fluxo do pronto-socorro municipal e distribuir as Unidades de Pronto Atendimento em outras regiões. Imagine uma pessoa com problema de saúde morando no Água Branca ter que se deslocar até o Centro, é muito longe”, concluiu.
Ele disse, ainda, que há previsão de construção de duas novas UBSs, uma no Concórdia e outra no Porto Real, que já forma licitadas.
A intenção, quando a do Concórdia for inaugurada, é levar as equipes da UBS Umuarama 2, que hoje estão no prédio da UPA daquele bairro, para a nova UBS. Desta forma, o espaço que foi construído com a finalidade de ser UPA passará a ser utilizado exclusivamente como tal.
PRONTO-SOCORRO MUNICIPAL
Para Ferreira, o município não tem condições de ter apenas um único pronto-socorro para atender uma população de mais de 200 mil habitantes. A unidade, localizada na rua Rosa Cury, bairro São Joaquim, faz 600 atendimentos de adultos por dia, além de 200 crianças e mais de 40 de odontologia.
Além disso, com a dificuldade de vagas na Santa Casa, acaba, mantendo “internados” pacientes que precisam de atendimento hospitalar, sem contar os pacientes psiquiátricos que não têm para onde ser encaminhados. “Não tem mais hospitais psiquiátricos, precisamos ter também esta visão de atendimento”, finalizou.