A Câmara Municipal de Araçatuba (SP) teve um cheque falsificado, no valor de R$ 12.961,65, da Caixa Econômica Federal, que foi depositado por uma mulher que possui vários processos por estelionato, e compensado pelo banco. O Legislativo já foi ressarcido da quantia retirada de sua conta, nesta sexta-feira, 27 de dezembro, mesmo dia em que a fraude fora descoberta.
O cheque tinha assinaturas falsificadas da presidente do Legislativo, vereadora Cristina Munhoz (União), e do diretor financeiro da Casa, José Ricardo Neto.
O “documento” tinha, ainda, o emblema do banco, número da agência e endereço, assim como trazia uma numeração compatível com uma das folhas de cheque da Câmara. A falsificação passou despercebida pela Caixa, que compensou o cheque.
O caso foi descoberto, porque o diretor financeiro percebeu, na manhã desta sexta-feira, que faltavam R$ 12.961,65 da conta da Câmara, ao fazer a conferência do caixa.
Foi então que ele descobriu que o banco havia feito o débito em conta-corrente do valor de um cheque que não havia sido emitido pelos funcionários da Câmara e entrou em contato com a Caixa.
Ao receber uma cópia do cheque que tinha sido compensado pelo banco, o diretor financeiro verificou que havia uma folha de cheque na Câmara com a mesma numeração do falsificado e que estava em branco, ou seja, ali estava a prova de que não havia sido emitido pelo Legislativo.
Estelionatária descobriu sequência de numeração
De alguma forma, a estelionatária descobriu a sequência da numeração das folhas de cheque da Câmara e providenciou a falsificação.
A suspeita é de que a mulher tenha visto a publicação da foto de um cheque, feita pela Câmara, quando da devolução de R$ 3 milhões à Prefeitura, na última sexta-feira, 20 de dezembro, o que pode ter auxiliado na confecção do cheque falsificado.
O cheque fraudado foi emitido nessa quinta-feira, 26, mesma data em que foi feito o depósito. A Caixa deve registrar um boletim de ocorrência de estelionato na Polícia Civil, que irá investigar o caso.
A titular da conta onde o cheque foi depositado aparece em vários processos de estelionato, cujos crimes foram cometidos em diversas regiões do País, como Bauru e São Vicente, (SP), Rio Branco (AC), Marabá e Belém (PA), Cristalina (GO) e Salvador (BA).