Everton Henrique Duarte de Souza, de 36 anos, morto pela Polícia Militar (PM) na tarde de sexta-feira (27) em Guararapes (SP), possuía uma condenação recente por furto de moto. O crime foi cometido em abril de 2023, em Presidente Prudente, na casa de uma mulher que o hospedava.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Souza foi condenado em julho deste ano a 2 anos, 9 meses e 18 dias de prisão em regime fechado. Ele já possuía outros antecedentes criminais por roubo, furto, tráfico de drogas e ameaça. Apesar da sentença, ele aguardava a decisão em liberdade, mas um mandado de prisão foi expedido após a condenação transitar em julgado no dia 17 de dezembro.
O caso de furto
O crime que resultou na condenação de Souza ocorreu na madrugada de 30 de abril. Ele estava hospedado na casa de uma mulher em Presidente Prudente quando, enquanto ela dormia, pegou a chave da moto, um capacete e saiu com o veículo.
Na manhã seguinte, uma moradora do imóvel percebeu o furto ao notar a porta destrancada, o portão aberto e a ausência da moto na garagem. O veículo foi encontrado no dia seguinte, com outro homem, que alegou tê-lo pegado emprestado de Souza em um local frequentado por usuários de drogas.
Embora tenha negado a autoria do crime, Souza foi denunciado e condenado devido ao histórico de delitos. O juiz determinou o início do cumprimento da pena em regime fechado, considerando os antecedentes criminais do réu.
Morto após resistir a abordagem
Na última sexta-feira, Souza foi morto após resistir a uma abordagem policial na Rua Luiz Lincoln de Oliveira, no Jardim São Judas Tadeu, em Guararapes. Segundo a polícia, ele estava transtornado e atacou um PM com um facão, causando um ferimento na cabeça do agente.
Os policiais tentaram contê-lo utilizando uma arma de choque (taser), mas ele continuou avançando contra a equipe, o que levou a disparos de arma de fogo. Souza foi atingido, levado ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos.
Investigação em andamento
O local da ocorrência foi preservado para perícia, e as armas dos policiais foram recolhidas para análise. A Promotoria de Justiça de Guararapes e a Polícia Civil investigam o caso. O corpo de Souza foi submetido a exame necroscópico antes de ser liberado para velório e enterro.