O assassino confesso G.A.J., 45 anos, que matou cruelmente o autônomo Valmir Pinheiro, o Nengo, também de 45 anos, se entregou à polícia na tarde dessa terça-feira (4), acompanhado de um advogado, foi ouvido na Delegacia de Polícia do município e saiu de lá preso temporariamente. Ele permanecerá à disposição da Justiça, inicialmente, na cadeia pública de Penápolis.
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De acordo com o titular da Delegacia de Guararapes, Rodolfo Freitas, o autor do homicídio não demonstrou arrependimento pelo crime que cometeu. Segundo o delegado, o homicida confirmou que matou Nengo por acreditar que ele estaria assediando a sua esposa, funcionária de uma farmácia no centro da cidade, onde teria começado a discussão que terminou em morte.
MOTIVO
De acordo com o depoimento do acusado, ele teria passado de carro em frente da farmácia por volta das 10h30 de segunda-feira, 3, visto Nengo no local de trabalho da sua esposa e pedido para ele não voltar mais lá. A vítima teria respondido de forma ríspida, o que o enfureceu.
O autor do crime foi até a sua casa, localizada no bairro Copacabana, armou-se de duas facas e retornou à praça Nossa Senhora da Conceição. O resto de todo o crime foi contado pelas imagens de câmeras de monitoramento.
O CRIME
Nas imagens que circularam em grande parte dos celulares da população dá para ver ambos correndo, com a vítima sendo perseguida pelo assassino, com as duas facas, uma em cada mão.
Selvageria
Nengo conseguiu escapar, mas minutos depois foi encontrado pelo autor, na rua Duque de Caxias. Ele o golpeou com facadas na região esquerda do tórax. Mesmo ferido, Nengo conseguiu se desvencilhar.
Em outra câmera de segurança, dá para ver a vítima ferida, com a parte esquerda do tórax bastante ensanguentada, correndo pela rua Campos Sales. Lá, ele parece pedir socorro a um homem que havia parado o carro.
Nengo entra no veículo, mas em seguida o assassino fecha a passagem com um carro VW Gol prata. Ele desce do carro armado com a faca, o motorista que prestava o socorro foge e a vítima é retirada do veículo.
O assassino o segura com a mão esquerda e com a direita o esfaqueia aproximadamente 20 vezes, na barriga, no tórax e pescoço.
Depois de três 3 minutos de selvageria, os dois parecem ainda conversar e o homicida solta então a vítima, que anda poucos passos e cai. As cores claras da camiseta e bermuda de Nengo tornam-se vermelho sangue por inteiras. Ele morreu no local.
O criminoso deixa o local calmamente, ainda olha para trás, como que para conferir se a sua vítima estava se mexendo, entra em seu carro e foge.
FUGA E PRISÃO
O homicida ficou escondido em áreas da região com canaviais, para dificultar a busca feita pelo policiamento. E continuou usando suas redes sociais.
“Fizemos um rastreamento e estávamos perto de prendê-lo”, disse o delegado de polícia titular de Guararapes. Para ele, o homicida só resolveu se entregar porque percebeu que seria preso.
PASSADO CRIMINOSO
Segunda a polícia, o acusado já possui antecedentes criminais e entre estes foi investigado por homicídio. Evangélico, cuidador de idoso e casado, G.A.J. foi autor do crime mais brutal da história recente de Guararapes, protagonista das cenas que por muitos anos continuarão na memória dos guararapenses.
TRÁGICA COINCIDÊNCIA
Valmir Pinheiro foi morto a facadas no centro de Guararapes e com várias pessoas assistindo a sua morte. O mesmo destino que teve o seu pai, conhecido como Paraguai, que também foi assassinado a facadas há alguns anos, perto do cruzamento da avenida Marechal Floriano com a rua Seis de Junho, a cerca de 300 metros de onde o filho teve a vida ceifada nessa segunda-feira.