Primeira morte por Chikungunya em SP em 2025 é confirmada em Tupã

Primeira morte por Chikungunya em 2025 é confirmada em Tupã (SP). Casos de dengue também disparam no estado.
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A Secretaria de Saúde de Tupã, município localizado a 95 km de Araçatuba, confirmou a primeira morte por Chikungunya no estado de São Paulo em 2025. A vítima é um homem de 60 anos, com histórico de diabetes, que começou a apresentar sintomas como febre alta e dores nas articulações no dia 1º de janeiro. Ele foi internado dois dias depois e faleceu no dia 11 do mesmo mês.

A cidade de Tupã já registra 1.283 casos prováveis de Chikungunya, com 613 confirmações e 670 em investigação. No estado de São Paulo, os números são ainda mais preocupantes: há 3.523 casos prováveis, 1.064 confirmados e 2.549 em análise. Além do óbito em Tupã, outros quatro casos de morte por Chikungunya estão sob investigação no estado.

A Chikungunya, assim como a dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Enquanto isso, a dengue também avança no estado. Desde o início de janeiro, foram registrados 52 óbitos, com 256 casos em investigação. No cenário nacional, os dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registra 269.919 casos prováveis de dengue, com 85 mortes confirmadas e 303 em análise. Já a Chikungunya soma 19.605 casos prováveis, 11 óbitos confirmados e 12 em investigação.

Comparação com 2024

Profissionais de saúde alertam que 2025 pode superar os números recordes de 2024, ano em que o país registrou mais de 6,6 milhões de casos de dengue e mais de 6 mil mortes. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, esses números representaram um aumento de 300% nos casos e 422% nas mortes em relação a 2023.

Marcos do Amaral Jorge, pesquisador da Unesp, destaca que os dados atuais se aproximam – e em algumas regiões até superam – os registrados no início de 2024. Alexandre Naime, médico epidemiologista e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, reforça que o estado de São Paulo já registra um número de casos suspeitos 50% maior do que o observado no mesmo período do ano passado. “A projeção, infelizmente, é que 2025 vá quebrar todos os recordes de 2024, que já foram trágicos e históricos”, afirma Naime.

As autoridades de saúde reforçam a importância de combater o Aedes aegypti, eliminando criadouros de água parada e adotando medidas preventivas, como o uso de repelentes e telas em janelas.

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