Empresa diz que paralisou obras no Centro Cultural a pedido da própria Prefeitura

Objetivo era corrigir erros do projeto e adequar o orçamento. Sem consenso, empresa e município optaram pela rescisão do contrato.
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A DWJ Engenharia, empresa que venceu a licitação para fazer a revitalização do prédio centenário do Centro Cultural Ferroviário, em Araçatuba (SP), negou que tenha abandonado a obra e afirmou que a paralisação ocorreu a pedido da própria Prefeitura.

Conforme a empresa, o objetivo da paralisação foi corrigir erros de projeto e realizar adequações orçamentárias necessárias para a continuidade dos trabalhos.

“Durante esse processo, constatou-se que o aumento do custo da obra, decorrente dos erros de projeto, ultrapassou o limite de 50% permitido para aditivos contratuais, tornando inviável a continuidade da execução dentro das condições estabelecidas”, informou a empresa, por meio de nota.

A empresa ainda afirmou que tentou evitar a paralisação do projeto, mas após várias reuniões com a Prefeitura, chegou-se a um consenso de que a rescisão amigável seria a melhor solução para ambas as partes. “A empresa não pode assumir os custos adicionais gerados pelos erros no projeto original, cuja responsabilidade cabe à Prefeitura”.

As obras do Centro Cultural Ferroviária foram autorizadas pela Prefeitura em julho de 2023, após processo licitatório vencido pela DWJ. Inicialmente, estavam previstos adequação da parte hidráulica e elétrica, construção de sanitários acessíveis e paisagismo do entorno, serviços orçados em pouco mais de R$ 2 milhões.

Em setembro de 2023, no entanto, um temporal derrubou a fachada do Centro Cultural. Meses depois, a obra foi paralisada.

A reportagem do Radar18 já havia procurado a DWJ para se manifestar sobre o caso, mas só agora a empresa decidiu se manifestar.

A Prefeitura informou, recentemente, que planeja a retomada da obra, mas ainda não há um prazo para isso ocorrer.

Prédio foi interditado em 2009

O prédio, que foi construído na década de 1920 e abrigava uma oficina de locmotivas da Rede Ferroviária Noroeste do Brasil (NOB), é tombado por lei municipal e também pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).

Em 2009, foi interditado pela Prefeitura de Araçatuba, por risco de desabamento. Antes disso, o espaço era utilizado para a realização de casamentos comunitários, eventos, feiras e atividades culturais.

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