Vereadores de Araçatuba cobram exoneração de suspeito de assédio em Secretaria

Discussão ocorreu durante a 3ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Araçatuba, realizada nesta segunda-feira, 17.
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Alessandra Nogueira

Alessandra Nogueira é jornalista e colunista do Radar 18.

Vereadores de Araçatuba cobram exoneração de suspeito de assédio em Secretaria

Discussão ocorreu durante a 3ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Araçatuba, realizada nesta segunda-feira, 17.
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A votação do projeto de lei do vereador João Pedro Pugina (PL), que veta a contratação de condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes, acirrou os ânimos durante a 3ª sessão ordinária da Câmara de Araçatuba (SP). A discussão da matéria trouxe à tona o possível caso de assédio que teria ocorrido dentro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, na última semana.

Assédio

Quem iniciou o debate sobre o caso foi o vereador Luís Boatto (Solidariedade), que pediu a exoneração do servidor comissionado que vem sendo acusado de cometer assédio sexual contra uma menor aprendiz de 16 anos. “É uma acusação gravíssima. Estamos aguardando a exoneração deste cargo. “É inadmissível uma situação dessa, não podemos permitir”, afirmou o parlamentar.

Assédio 2

O líder do Governo na Câmara, vereador Fernando Fabris (PL), tentou argumentar ao dizer que o servidor comissionado já havia sido afastado e que o caso estava sendo avaliado minuciosamente pelo governo municipal. Entretanto, outros vereadores entraram na discussão e também pediram a exoneração do contratado.

Assédio 3

Até a vereadora Sol do Autismo (PL), que é aliada do prefeito Lucas Zanatta (PL), se manifestou e disse que irá cobrar o governo de perto sobre a exoneração. “Todo mundo viu a mensagem e o Lucas está tratando dessa situação ele mesmo, de perto. Estive com ele hoje e ele falou para ficar tranquila, que não vai passar. A pessoa foi afastada e a moça foi acolhida”, afirmou. A mensagem a que se referiu a vereadora é o texto que o servidor comissionado teria enviado à menina, pelo Instagram.

Assédio 4

O vereador Damião Brito (Rede Sustentabilidade) foi outro que defendeu a exoneração. O parlamentar disse que foi ele quem levou o caso ao prefeito, a pedido do padrasto da menina. “Ele estava revoltado, tive que acalmar ele. Então, para a segurança de todos, exonera logo que a coisa está mais feia do que vocês imaginam”, disse.

Assédio 5

O vereador Gilberto Batata Mantovani (PSD) também entrou no debate. “Tem que exonerar. Essas investigações levam tempo e até lá ele vai continuar recebendo? Se fosse servidor de carreira, afastaria, mas como é comissionado, tem que exonerar.

Assédio 6

O mesmo disse o vereador João Moreira (PP). “Quando a pessoa é funcinário concursado efetivo, ele é apenas afastado, até que decorra a investigação. Quando é cargo nomeado, comisisonado, a pessoa tem que ser exonerada imediatamente. Já era para ter sido. Eu acho que este é o parecer de todos os vereadores aqui”, declarou.

Na Tribuna

O vereador João Pedro Pugina (PL) aproveitou o seu tempo durante o Pequeno Expediente, na 3ª sessão ordinária do ano, realizada nessa segunda-feira, 17, e usou a tribuna para criticar o presidente Lula e chamar a participação para o ato intitulado de “Fora, Lula”, previsto para o próximo dia 16 de março.

Na Tribuna 2

O ato está marcado para as 16h, em frente à Havan, na avenida dos Araçás e será realizado justamente no momento em que a popularidade de Lula despencou. Coincide, também, com a proximidade da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Bolsonaro, no caso do possível golpe de estado para que o ex-presidente permanecesse no poder, após as eleições de 2022.

Na Tribuna 3

Pugina chamou Lula de canalha, usou o termo “Governo da Mentira”, criticou a inelegibilidade de Bolsonaro e lamentou a prisão das pessoas por causa do episódio que ficou conhecido como 8 de janeiro. Ao final, disparou: “Se a gente não parar o Lula, o Lula vai parar o Brasil.”

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