Um açougueiro de 24 anos foi vítima de um golpe ao tentar comprar uma motocicleta anunciada em um aplicativo de vendas. O caso aconteceu no último sábado (8), em Araçatuba. A vítima encontrou o anúncio de uma Honda Twister 250 preta, ano 2003, pelo valor de R$ 3.500,00 e entrou em contato com o suposto vendedor, identificado como Rafael.
Após conversarem pelo telefone, os dois combinaram um encontro para que a vítima pudesse ver a moto antes de finalizar a compra. No local, quem recebeu o açougueiro foi um auxiliar de almoxarifado de 24 anos, que, segundo Rafael, era seu sobrinho. Mais tarde, o auxiliar esclareceu que, na verdade, era primo do vendedor. Apesar da divergência, a negociação prosseguiu.
A vítima gostou do veículo e realizou a transferência de R$ 3.500,00 via PIX para uma conta em nome de um terceiro, Breno Thiago Sanches da Silva, utilizando o aplicativo PicPay. No entanto, logo após a transação, o comprador foi informado de que a moto não estava funcionando devido a um problema no carburador – algo que não havia sido mencionado anteriormente.
Diante disso, o auxiliar de almoxarifado questionou a vítima se ela havia feito algum PIX. Ao receber a resposta afirmativa, ele demonstrou estranhamento, pois, segundo ele, a vítima seria apenas um funcionário e não deveria ter realizado o pagamento, sendo essa obrigação de Rafael. Poucos minutos depois, todas as conversas com Rafael foram apagadas do aplicativo de mensagens, confirmando as suspeitas de fraude.
O auxiliar também revelou que Rafael havia entrado em contato com ele desde o último domingo, utilizando dois números de telefone diferentes. Durante a conversa, Rafael demonstrou interesse na motocicleta e acordou a compra por R$ 5.000,00. O auxiliar ainda informou que já havia alertado Rafael sobre o problema no carburador, que impedia o funcionamento da moto. No entanto, o golpista afirmou que estava adquirindo o veículo para um de seus funcionários, que pagaria o valor de forma parcelada através de descontos em folha de pagamento. Além disso, Rafael pediu que não se falasse sobre valores diretamente com o comprador, pois ele mesmo faria a intermediação para obter lucro na revenda.
O caso foi registrado na polícia, e a vítima manifestou interesse na investigação para tentar recuperar o valor perdido. As autoridades devem apurar a identidade do golpista e sua possível localização.