Um homem de 37 anos foi preso na noite desta sexta-feira (21) em Araçatuba (SP), acusado de uma tentativa de feminicídio com requintes de crueldade ocorrida no Guarujá (SP). A prisão foi realizada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Araçatuba após investigações que localizaram o suspeito na casa da irmã dele.
O crime, que aconteceu no dia 7 de março, teve grande repercussão devido à brutalidade dos atos cometidos. Segundo as investigações, a vítima, uma mulher de 41 anos, teve o corpo queimado com água quente e parte do couro cabeludo arrancado com uma faca pelo acusado, que era seu companheiro há 16 anos.
Além dessas agressões, uma testemunha relatou que a vítima também teve dentes arrancados com um alicate e foi mantida em cárcere privado. A Polícia Militar foi acionada no dia 9 de março, após uma enfermeira do hospital onde a mulher foi atendida comunicar o caso de violência doméstica.
A vítima, que procurou atendimento médico por meios próprios, apresentava queimaduras na cabeça, tórax, braços e ombros, além de hematomas, cortes pelo corpo e fraturas no fêmur direito e no braço esquerdo. A mulher também tinha um ferimento grave no crânio, com exposição óssea.
Após ser informada do crime, a Polícia Civil de Araçatuba iniciou as investigações e descobriu que o acusado poderia estar na cidade, na residência da irmã. Durante a campana policial, os agentes localizaram o homem em um estabelecimento comercial na rua Aguapeí, onde ele foi abordado e preso.
De acordo com a delegada Edna Pacheco Fernandes Garcia, responsável pelo caso, a vítima já havia registrado diversos boletins de ocorrência contra o agressor durante os 16 anos de relacionamento. No entanto, em ocasiões anteriores, ela solicitou à Justiça a revogação das medidas protetivas que haviam sido concedidas.
O homem foi conduzido ao plantão policial de Araçatuba, onde teve o mandado de prisão cumprido. Ele permanecerá à disposição da Justiça e será transferido para uma unidade prisional na região.
A vítima está internada em um hospital no litoral paulista, onde seu estado de saúde é considerado estável. Ela está sendo acompanhada por uma equipe médica e também recebe suporte do serviço psicossocial.
A Prefeitura de Guarujá informou que tomou conhecimento do caso após uma denúncia anônima feita à Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal (GCM), no último dia 14. Desde então, a vítima tem recebido acompanhamento contínuo das autoridades locais. O Conselho Tutelar e a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania também estão envolvidos, garantindo que os filhos menores de 12 anos permaneçam sob os cuidados de familiares.
As investigações seguem em andamento pela Polícia Civil do Guarujá.
