Uma mulher de 48 anos procurou a Polícia Civil de Araçatuba nesta sexta-feira (11) para registrar boletim de ocorrência relatando complicações sofridas por sua filha, durante e após a gestação. Segundo ela, a jovem, de 27 anos, buscou atendimento médico diversas vezes no pronto-socorro municipal, sendo em algumas ocasiões liberada sem diagnóstico e, em outras, encaminhada à Santa Casa, onde não havia vaga para atendimento especializado.
De acordo com o relato, por volta do quinto mês de gravidez, a jovem foi medicada com morfina na Santa Casa e acabou entrando em trabalho de parto. O bebê nasceu prematuro e faleceu quatro dias depois, ainda no mês de março. A mãe da gestante declarou que não soube precisar a data exata do ocorrido.
Cerca de um mês após o parto, a jovem voltou a sentir fortes dores abdominais e foi novamente internada. Os exames revelaram um quadro infeccioso grave, com formação de aderências. Devido à gravidade, ela precisou ser submetida a uma cirurgia de emergência para retirada dos ovários, das trompas e de parte do intestino.
Ainda segundo o boletim, a paciente teria ouvido de médicos envolvidos no atendimento que a infecção foi causada por restos de placenta que permaneceram em seu organismo, o que teria ocasionado as complicações.
Atualmente, a jovem permanece hospitalizada, recebendo medicação e transfusões de sangue. Ela também foi submetida à instalação de uma bolsa de colostomia, com previsão de uso por cerca de três meses.
A família registrou o boletim de ocorrência buscando esclarecimentos sobre o atendimento prestado e os desdobramentos do caso.