Doador de medula óssea: acadêmico do UniSalesiano está prestes a salvar uma vida

Estudante se cadastrou no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea e é compatível com um paciente que precisa do transplante.
Natanael Jacinto Alcantara de Oliveira: "Minha missão agora é simples: chegar lá, esticar o braço e salvar uma vida" - Foto: Divulgação
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O que começa como um simples ato de curiosidade, pode acabar se tornando uma das experiências mais transformadoras da vida de uma pessoa. Que o diga o acadêmico do 5º termo do Curso de Publicidade e Propaganda, Natanael Jacinto Alcantara de Oliveira, de 22 anos.

Tudo começou de forma despretensiosa, no ano passado, durante uma ação no UniSALESIANO, promovida pela Liga de Oncologia, formada por acadêmicos de Medicina. “Eu estava com um amigo e, pra ser sincero, a iniciativa foi mais dele. Ele me chamou, me incentivou, e eu, como bom amigo, fui junto”, relembrou.

Natanael, que nunca havia doado sangue antes, decidiu realizar seu cadastro no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), um banco de dados brasileiro que reúne informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para pacientes que precisam de transplante.

Compatibilidade

Um ano depois, o acadêmico recebeu um e-mail, informando sobre uma possível compatibilidade. “Dali em diante, tudo foi muito rápido. Fizeram a contraprova, agendaram exames, organizaram tudo. Acredito que pela urgência de quem está precisando. E, confesso, aqui do outro lado a gente encara como algo rotineiro, mas, na verdade, ainda estou tentando assimilar o tamanho disso tudo.”

Ele ressalta o processo organizado, claro e acolhedor da equipe de profissionais do REDOME e do Hemocentro de Araçatuba. “Me explicaram cada etapa, desde os medicamentos que preciso tomar antes da coleta, até a logística, os exames e o dia da doação. Minha missão agora é simples: chegar lá, esticar o braço e salvar uma vida.”

O impacto do gesto já começou a se multiplicar. “Contei para alguns amigos e, só de ouvir minha história, alguns já foram doar sangue. É muito gratificante perceber que pequenas atitudes podem gerar grandes transformações.”

Poder da informação

Além disso, como futuro publicitário, Natanael enxerga nessa experiência uma lição sobre o poder da informação. “Isso me fez pensar muito sobre como falta comunicação sobre esses processos. Às vezes, é só falta de conhecimento que impede as pessoas de se cadastrarem ou doarem. E acho que nosso papel, como profissionais da comunicação, é justamente levar informação de uma forma mais acessível, desmistificar esses processos e mostrar, com exemplos reais, que é possível salvar vidas.”

No meio de toda essa jornada, Natanael também faz questão de ressaltar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS). “Muita gente não percebe, mas é graças ao SUS que muitos processos como esse acontecem. O SUS salva vidas todos os dias. Ele tem falhas, claro, como qualquer sistema no mundo, mas tem também um papel social gigantesco e fundamental.”

Por fim, ele deixa uma mensagem que resume tudo o que viveu até aqui: “Eu nunca tinha feito nada parecido. E agora estou, literalmente, a poucos passos de salvar uma vida. No fim das contas, não foi tão difícil assim. Foram cinco furinhos no braço para os exames e logo vou fazer a doação. Quando a gente entende que estender o braço pode salvar alguém, percebe que é mais fácil ser herói do que imaginava.”

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