Medicina do UniSALESIANO inova com tecnologia de microscopia digital em nuvem

A expectativa é que outros cursos que utilizam lâminas também passem a utilizar essa tecnologia
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O UniSALESIANO acaba de investir em uma tecnologia de ponta que está transformando a forma como os alunos do Curso de Medicina estudam as lâminas histológicas e patológicas. O scanner digital adquirido pela Instituição permite que as lâminas sejam escaneadas em altíssima resolução, possibilitando aos acadêmicos acessá-las diretamente pelo computador ou celular, sem a necessidade de utilizar o microscópio tradicional.

Segundo José Cândido Xavier Júnior, patologista e docente do Curso de Medicina do UniSALESIANO, essa inovação representa um grande avanço no processo de ensino. “O scanner não gera apenas uma foto. Ele permite que o aluno manipule a imagem, faça aproximações, marque estruturas, meça tamanhos de núcleos e calcule áreas de células. É praticamente tudo que o aluno faria no microscópio, mas com a vantagem de ter acesso remoto e contínuo”, explica.

Essa tecnologia, que já é utilizada em hospitais na Europa e começa a ser adotada em alguns serviços no Brasil, chega agora de forma inédita ao ensino superior no país. Além do scanner, a empresa responsável pelo equipamento também desenvolveu uma plataforma em nuvem. Essa plataforma, recém-lançada no Brasil, possibilita que os alunos acessem as lâminas digitais de qualquer lugar, com alta resolução e segurança.

O diferencial da solução em nuvem está na organização dos materiais. Os professores podem selecionar as lâminas específicas trabalhadas em aula e disponibilizá-las em pastas separadas para cada turma. Assim, o aluno estuda exatamente os mesmos materiais utilizados durante as atividades presenciais, sem depender de imagens genéricas da internet, que muitas vezes possuem erros ou não representam adequadamente o conteúdo.

“Percebi que muitos alunos tinham dificuldade para conciliar os horários de estudo com o acesso ao laboratório. Além disso, nem sempre encontramos na internet lâminas completas, livres de artefatos, que atendam todas as necessidades de diagnóstico. O escaneamento das nossas próprias lâminas resolve esse problema e garante que o aluno tenha acesso ao melhor material possível, tanto no laboratório quanto em casa”, afirma José Cândido.

PROTEÇÃO

O scanner foi adquirido em fevereiro deste ano, e desde então foram realizados treinamentos e digitalização do laminário. Inicialmente, a disponibilização das lâminas aconteceu por meio de um sistema que exigia compartilhamento de IP, o que foi considerado pouco seguro. Por isso, a chegada da plataforma em nuvem foi vista como um grande avanço, oferecendo mais praticidade e proteção dos dados.

A primeira turma a testar a novidade foi a do 5º termo de Medicina, junto com o 1º termo, que utilizaram as lâminas digitais durante a preparação para uma avaliação prática. José Paulo Bogiano Benicio, aluno do 1º termo, conta como a tecnologia facilitou seus estudos. “Se não tivesse essa ferramenta, a gente ia acabar recorrendo ao Google, buscando imagens de outras faculdades, que nem sempre são exatamente as que a gente trabalhou na aula. Agora, com o link que recebemos, conseguimos visualizar as lâminas em alta definição, ampliar, marcar detalhes e estudar com muito mais segurança”, relatou.

A expectativa é que, além do Curso de Medicina, outros cursos que utilizam lâminas também passem a utilizar essa tecnologia. O feedback dos alunos foi extremamente positivo e, segundo os docentes, a tendência é que esse modelo se consolide como uma ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem.

Para o Coordenador do Curso de Medicina do UniSALESIANO, Dr. Antônio Poletto, a integração da tecnologia no ensino médico deve ser estratégica. “Quando aliada a uma base ética sólida e ao desenvolvimento de competências humanas (como empatia e comunicação), ela potencializa a formação de médicos mais competentes, seguros e alinhados com as demandas do século XXI. Nossa realidade exige currículos que equilibrem inovação tecnológica e humanismo”, analisou.

Por fim, o Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação do UniSALESIANO, Prof. André Ornellas, ressalta que esse investimento reflete o compromisso institucional com a qualidade do ensino. “Nosso objetivo é oferecer aos alunos uma formação que combine excelência acadêmica, inovação e prática. A implementação da microscopia digital em nuvem é mais um passo nesse caminho, colocando nossos acadêmicos em sintonia com o que há de mais moderno no mundo e preparando-os de forma ainda mais qualificada para os desafios da profissão”, concluiu.

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