Estelionatário cita até nome de juiz de Araçatuba em golpe do falso advogado

Para serem mais convincentes com suas vítimas, golpistas mencionaram nome de magistrado que atua no Fórum de Araçatuba.
© Joédson Alves/Agência Brasil
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O chamado golpe do falso advogado, que tem feito vítimas em todo o País, tem se tornado cada vez mais sofisticado para enganar as vítimas, explorando a confiança depositada em profissionais do Direito e o acesso a informações detalhadas de processos judiciais. Desta vez, até o nome de um juiz de Araçatuba (SP) foi citado na tentativa de convencer a vítima a fazer transferências em dinheiro com a promessa de liberação de valores de supostas ações ganhas.

O caso levou a advogada Ana Elena Alves de Lima a registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil, depois que vários de seus clientes relataram ter sido procurados por golpistas.

O mais alarmante foi o nível de detalhamento das informações que os criminosos possuíam. Na tentativa de serem mais convincentes com suas vítimas, os golpistas citaram até o nome do juiz Adeilson Ferreira Negri como o magistrado responsável pelo julgamento, juntamente com o número do processo.

Além disso, utilizaram a foto da advogada em um perfil falso de WhatsApp para dar credibilidade à abordagem aos clientes da profissional. A fraude foi iniciada por meio de contato telefônico por meio do número (18) 996735116, com o DDD da região de Araçatuba.

Conforme a advogada, nenhum de seus clientes caiu no golpe. “Felizmente, eles entraram em contato comigo após serem procurados pelos criminosos”, contou. Ela ressalta que todos devem agir desta forma, para evitar ser vítimas de estelionatários.

Falsa malha fina

A advogada relatou, ainda, que além do golpe do falso advogado, seus clientes têm sido abordados via e-mail com falsas mensagens atribuídas à Receita Federal.

Neste caso, afirmam que a vítima caiu na malha fina ao declarar o Imposto de Renda e precisa regularizar a situação clicando em um link falso. “Se a pessoa clica no link, tem o dispositivo invadido e aí já era”, alerta a advogada.

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