A Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba (SP) confirmou, nesta terça-feira, 1º de julho, mais duas mortes por complicações do vírus Influenza A, conhecido como H1N1. O município soma oito óbitos provocados pela doença em 2025. No ano passado, não houve registro de mortes.
As mais recentes vítimas são dois homens, de 48 e 78 anos, que faleceram nos dias 27 e 30 de junho, respectivamente. Os dois tinham comorbidades, estavam internados em hospitais da cidade e evoluíram para óbito após agravamento do quadro respiratório.
Com estas duas novas mortes, Araçatuba soma cinco óbitos somente no mês de junho. No período, houve mais três vítimas: uma mulher de 69 anos, que faleceu no dia 13, e dois homens, de 50 e 51 anos, que morreram nos dias 9 e 22 de junho, respectivamente.
Os outros óbitos foram de uma mulher de 67 anos, que faleceu em 18 de janeiro; uma bebê de oito meses e uma mulher de 84 anos, que morreram nos dias 11 e 27 de maio, respectivamente.
Conforme o Departamento de Vigilância Sanitária e Epidemiológica, nenhuma das oito vítimas havia tomado a vacina contra a gripe, que está disponível gratuitamente para toda a população acima de seis meses de idade.
Casos também aumentaram
Assim como a quantidade de óbitos, o número de casos de gripe também aumentou em 2025 em comparação com o ano anterior. Até agora, Araçatuba contabiliza, em 2025, 173 casos positivos de Influenza A e 5 de Influenza B.
Já em 2024, foram 41 de Influenza A e 2 de Influenza B registrados durante todo o ano de 2024, o que significa que houve um aumento de 313% no número de pessoas com os dois tipos de gripe no município.
Vacinação é a melhor forma de prevenção
A vacinação é a melhor forma de prevenção. A vacina contra Influenza disponível na rede pública em 2025 protege contra três cepas (tipos de vírus) diferentes, sendo duas cepas de Influenza A e uma de Influenza B.
A definição da composição das vacinas é definida pela Organização Mundial da Saúde, que analisa regularmente todos os subtipos do vírus da gripe que circulam com maior frequência, para melhorar a eficácia da imunização.
Baixa adesão à vacina
A cobertura vacinal contra a gripe em Araçatuba atingiu apenas 38,54% dos grupos prioritários, formados por idosos, crianças e gestantes, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde. O índice segue bem abaixo da meta, que é de 90%.
Até o momento, foram imunizadas 47.833 pessoas no município. Desse total, 33.752 foram direcionadas para os públicos-alvo. Entre a população em geral foram 14.801 doses aplicadas. A vacina está liberada para todas as pessoas acima de seis meses de idade.
A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Três unidades atendem até 22h: Morada dos Nobres, Planalto e Umuarama 2. Aos finais de semana, o serviço também está acessível nas UBSs Morada dos Nobres e Umuarama 2, das 8h às 17h.
“A baixa adesão à vacina, principalmente entre crianças, idosos e gestantes, e os óbitos são preocupantes. Chegamos ao inverno e a tendência é que as doenças respiratórias e hospitalizações aumentem, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde”, afirmou a diretora do departamento, Priscila Cestaro.
Sintomas
Os sintomas da gripe são parecidos, independentemente do subtipo de vírus. Eles incluem febre, tosse, coriza, dor de cabeça e, em alguns casos, diarreia e vômito. A transmissão é a mesma: pelas vias aéreas respiratórias.
A Vigilância Epidemiológica de Araçatuba alerta que todas as pessoas são suscetíveis à gripe, especialmente as não vacinadas.
De outro lado, os mais propensos a desenvolverem casos graves, que podem levar a óbito, são as crianças menores de dois anos, idosos, gestantes e portadores de doenças crõnicas.
Higienização
Além da vacinação, outros hábitos ajudam a evitar os casos de gripe. Um deles é a higienização frequente das mãos e manter os ambientes arejados, além de evitar locais de aglomeração e usar máscara de proteção. Para os portadores de doenças crônicas, é importante o controle dessas condições.
E para as pessoas que estejam com quadro respiratório agudo, a orientação é buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para avaliação e cuidados adequados. Elas também devem reforçar a higienização das mãos e usar máscara sempre que possível.