Um morador de Araçatuba, de 29 anos, procurou a delegacia local após ser vítima de estelionato ao tentar regularizar parcelas vencidas de um financiamento de veículo. O caso ocorreu no último dia 18, quando a vítima, um eletricista de automóveis, buscou negociar diretamente com a instituição financeira responsável pelo contrato.
Segundo o registro policial, o homem entrou em contato, via WhatsApp, com um número que acreditava ser da empresa credora do financiamento. Durante a conversa, recebeu orientações detalhadas sobre a negociação e foi informado de que poderia evitar a busca e apreensão do veículo quitando três das sete parcelas vencidas. Em seguida, recebeu um boleto no valor de R$ 2.010,00, referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2025. Acreditando na autenticidade do atendimento, ele realizou o pagamento do documento fornecido.
No dia seguinte, o homem foi novamente contatado por outro indivíduo, que se apresentou como funcionário do Banco Itaú. Desta vez, o interlocutor afirmou haver um novo golpe circulando envolvendo boletos falsificados de instituições financeiras. Para “verificar a autenticidade”, orientou a vítima a acessar um QR Code enviado durante a conversa, que solicitava transferência de valor igual ao saldo bancário existente, tendo como destinatário uma pessoa física.
Desconfiado da solicitação, o eletricista questionou o interlocutor, que alegou se tratar apenas de um procedimento de simulação e que o valor pago retornaria em breve à sua conta. Antes de concluir qualquer transação adicional, a vítima decidiu entrar em contato com o próprio banco, onde foi orientado de imediato sobre o risco de fraude. Ao procurar a verdadeira instituição financeira responsável pelo financiamento, foi informado de que as parcelas continuavam em aberto e que nenhuma renegociação havia sido efetivada até o momento, confirmando assim o golpe.
O registro policial ainda destaca que o valor inicialmente transferido via boleto foi destinado a terceiros não autorizados e o beneficiário identificado em uma das transações como uma empresa de suporte, sem vínculo com a financeira.
Diante dos fatos, o caso foi encaminhado ao 3º Distrito Policial de Araçatuba, onde será investigado como crime de estelionato praticado por meio digital.