Após a possibilidade de greve dos motoristas por falta de pagamento integral dos salários, a concessionária Transportes Urbanos Araçatuba (TUA) emitiu uma nota na qual afirma que quitará os atrasados em um prazo de 72 horas. No entanto, alega não ter mais condições financeiras para manter a operação sem o subsídio do município e não descarta uma possível paralisação dos serviços nos próximos dias.

A informação está em nota divulgada à imprensa após assembleia dos trabalhadores realizada na manhã desta segunda-feira, 14, quando os motoristas da empresa entraram em “estado de greve”, por terem recebido apenas 50% dos salários de março.

Mais tarde, a empresa chegou a um acordo com o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Transportes de Cargas em Geral e Urbano de Passageiros de Araçatuba e se comprometeu a fazer o pagamento dos atrasados em 72 horas.

A TUA justificou o atraso por estar utilizando receitas próprias para compra de óleo diesel e, com isso manter a frota atendendo a população. “Após o recebimento da subvenção, quitaríamos imediatamente o saldo dos salários atrasados”, afirmou a empresa.

A empresa disse acreditar que a proposta de subvenção seguiria em caráter de urgência para votação já nesta segunda-feira, 14 – o projeto não está na pauta da 11ª sessão ordinária da Câmara, prevista para hoje.

A propositura começou a tramitar naquela Casa de Leis na semana passada e a previsão é de que seja votada na próxima sessão ordinária, a ser realizada no dia 22 de abril, terça-feira, devido ao feriado de 21 de abril ser na segunda-feira.

“Tínhamos confiança de que a concessão do auxílio seria aprovado, assim como já havia ocorrido na legislatura passada”, diz a nota da TUA.

O comunicado, que é assinado pela diretoria da TUA, ainda diz que o valor proposto é inferior aos que são repassados a empresas de transporte coletivo em vários municípios da região e que, com o pagamento do subsídio, o valor da tarifa atual seria mantida, pelo menos até o final do ano, e ainda seria oferecida a gratuidade aos domingos e feriados.

“Portanto, apesar de todos os nossos esforços, sem a subvenção, não temos mais condições financeiras para manter a nossa operação, sendo possível que ocorra a paralisação dos serviços nos próximos dias”, finaliza a empresa.

Subvenção

Inicialmente, a Prefeitura havia proposto subvenção mensal de R$ 300 mil à TUA, que até março vinha recebendo R$ 200 mil. A empresa não aceitou o valor e pediu R$ 485 mensais, quantia inviável para o município.

Uma parceria com a Câmara, que ficou de antecipar o repasse do duodécimo ao Executivo resolveu, inicialmente, o impasse. A Prefeitura arcaria com R$ 300 mil e a Câmara, com R$ 150 mil referentes à antecipação do duodécimo.

A subvenção, no entanto, depende da aprovação da Câmara para que possa ser repassada à empresa, por isso o projeto segue em tramitação no Legislativo.