A Secretaria de Saúde de Araçatuba (SP) e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) realizarão uma força-tarefa para vistoriar imóveis fechados na cidade. A intenção é identificar e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
A ação terá início nesta terça-feira, 10, e seguirá até quinta, 12. Durante os três dias, os agentes de combate a endemias e fiscais sanitários farão vistorias nos imóveis disponíveis para venda ou locação, acompanhados de representantes das imobiliárias da cidade e fiscais do Creci vindos de São Paulo.
O plano de ação com as imobiliárias e corretores foi alinhado em reunião nesta segunda-feira, 9, no Salão Azul do Paço Municipal. Também estiveram presentes profissionais dos departamentos de Atenção Básica, Vigilância Sanitária e Epidemiológica e a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ).
Prevenção
A parceria foi motivada pela epidemia de dengue no município e pela dificuldade das equipes de saúde em acessar imóveis fechados. O objetivo é fortalecer e aumentar a eficácia das ações de prevenção e promoção à saúde, diminuindo a transmissibilidade da doença e outros agravos.
“Um dos principais desafios é o grande número de imóveis desabitados, que representam cerca de 50% das visitas não realizadas pelos agentes. Esses imóveis, cujas chaves geralmente estão com as imobiliárias, são potenciais focos de proliferação do mosquito”, comentou o gerente de campo da UVZ, Guilherme Santos.
O delegado regional do Creci, Izaías Bittencourt Dias Sobrinho, destacou que a entidade desenvolve esse trabalho sempre que é acionada pela Saúde. “É importante zelar por esses imóveis desocupados para que não sejam locais de criadouros para o desenvolvimento do mosquito”, comentou.
Eliminar criadouros
A diretora da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Priscila Cestaro, ressaltou que a expectativa é eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, por meio do controle mecânico e químico, por exemplo, vedação de ralos e aplicação de larvicidas.
“Nosso principal objetivo é abrir esses imóveis que estão fechados e fazer uma varredura nas áreas internas e externas. Estamos felizes com essa parceria. O Creci e as imobiliárias são nossos grandes apoiadores contra a dengue”, completou Priscila.
Também participaram da reunião a delegada municipal do Creci-SP, Eliana Granjeiro, o subdelegado regional, Aldo Belentani Filho, o chefe do Departamento de Delegacias do Creci, Marco Aurélio Rios Fernandes, e o chefe do Departamento de Fiscalização, Julio Cesar Rios Fernandes.
Casos
De 1º de janeiro até 6 de junho deste ano, 10.077 pessoas contraíram a dengue e nove faleceram por complicações da doença. A cidade também confirmou 28 casos de chikungunya, sem mortes. Até o momento, não foram registrados casos de zika vírus.