Após o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) recomendar a exoneração de cinco servidores comissionados da Prefeitura de Birigui (SP), por possível prática de nepotismo, a prefeita Samanta Borini (PSD) apresentou recurso junto a Conselho Superior do MP.
A Promotoria de Birigui instaurou um inquérito civil para apurar possíveis práticas na administração municipal e deu prazo de 30 dias para efetivar as exonerações, cinco dias para enviar o recurso contra o inquérito e dez dias para se manifestar formalmente sobre o cumprimento da recomendação.
A investigação do MP destaca a presença de familiares de membros do Executivo em cargos de confiança. Entre os nomes mencionados está o de Wilson Carlos Rodrigues Borini, ex-prefeito e pai da atual prefeita Samanta Borini. Ele ocupa a Secretaria Municipal de Governo.
Outros casos incluem Rosinei Ulofo de Andrade Parizati, esposa do vice-prefeito Marcelo Parizati (PSD), que atua como secretária adjunta de Esportes e presidente do Fundo Social de Solidariedade. Fariza de Fátima Ferrer Mansour, companheira de Wilson Borini, também está nomeada como secretária adjunta de Cultura e Turismo.
Outro lado
A Prefeitura de Birigui, por meio de nota, defendeu a legalidade de seus atos, afirmando que o recurso foi protocolado dentro do prazo e que a gestão confia nas instituições. O comunicado ressalta que todas as ações são baseadas em respaldo jurídico e respeito aos princípios constitucionais.
“O Município reafirma sua confiança nas instituições e sua convicção na legalidade dos atos administrativos praticados, ressaltando que todas as providências estão sendo tomadas com o devido embasamento jurídico e respeito ao princípio da legalidade”, declarou a administração.