Agência contratada para trilha de Juliana estava banida de parque na Indonésia

Agência Bas Rinjani, responsável pela trilha da brasileira Juliana Marins, estava oficialmente banida de operar
© ajulianamarins/Instagram
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A agência de turismo responsável pela trilha feita pela publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, estava proibida de operar no Parque Nacional do monte Rinjani, na Indonésia, onde a jovem morreu após sofrer uma queda durante a escalada. Mesmo incluída na chamada “lista negra” do parque, a agência Bas Rinjani continuava atuando na região, levantando preocupações sobre a segurança e a fiscalização das atividades turísticas no local.

Segundo informações de um organizador de turismo local, a Bas Rinjani já era considerada “comprovadamente problemática” e sua presença na lista de banidas indicava falhas em critérios de segurança, legalidade e ética. Apesar disso, turistas ainda conseguiam contratar seus serviços. O bilhete para a trilha de Juliana foi adquirido por meio da intermediária Ryant Tour, que confirmou a venda, mas alegou que a responsabilidade pela operação era da Bas Rinjani, encarregada da logística, guias e licenças.

O aplicativo oficial do Parque Nacional do monte Rinjani exibia a Bas Rinjani como banida, mas não detalhava os motivos da proibição. Questionada pela imprensa, a agência confirmou estar na lista negra, mas não explicou como ainda conseguia operar. O parque e o Ministério do Turismo da Indonésia não responderam aos questionamentos sobre a fiscalização e as falhas que permitiram a continuidade das atividades da empresa.

A morte de Juliana Marins, que caiu cerca de 300 metros durante a trilha, trouxe à tona a preocupação de guias locais e familiares da vítima sobre a falta de controle e a atuação de empresas não autorizadas. O caso gerou pedidos de investigação rigorosa e maior transparência das autoridades para evitar novas tragédias envolvendo turistas em áreas de risco.

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