A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta sexta-feira (18) mandados judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa do político confirmou que ele passará a utilizar uma tornozeleira eletrônica e terá de seguir uma série de restrições impostas pela Corte.
Entre as medidas determinadas, Bolsonaro está proibido de acessar ou utilizar redes sociais, além de não poder manter contato com embaixadores, diplomatas estrangeiros, outros réus e investigados pelo STF. Também foi determinado que ele cumpra recolhimento domiciliar noturno, devendo permanecer em casa das 19h às 7h.
As ordens judiciais fazem parte de uma investigação que apura suspeitas de obstrução de justiça e supostas tentativas de interferência em processos conduzidos pelo STF. A operação da PF incluiu buscas na residência do ex-presidente e em outros locais associados ao Partido Liberal, legenda da qual Bolsonaro faz parte.
Fontes próximas ao caso indicam que advogados vinculados a Bolsonaro são investigados por possível pressão sobre familiares do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, visando obter informações relacionadas à colaboração premiada prestada ao Supremo.
A decisão do STF e as ações da Polícia Federal ocorrem em meio a investigações que envolvem diversos aliados do ex-presidente e aumentam a tensão no cenário político nacional. A defesa de Bolsonaro já se manifestou sobre as restrições, afirmando que irá recorrer das determinações judiciais.
