Leandro Maffeis, prefeito de Birigui pelo partido Republicanos, teve seu mandato cassado novamente nesta segunda-feira (22) pela Câmara Municipal, com um resultado de 14 votos a favor e apenas 1 contrário. Esta é a segunda cassação de Maffeis em menos de um mês, uma situação que intensifica a instabilidade política na cidade.
A sessão extraordinária, que decidiu o futuro do prefeito, ocorreu na tarde de segunda-feira e durou cerca de quatro horas. Durante este período, os vereadores analisaram o parecer final da Comissão Processante nº 01/2024, que investigou Maffeis por uma possível infração político-administrativa. O prefeito foi acusado de usar indevidamente placas oficiais do município em um veículo particular, que não pertence à frota da prefeitura.
Ausente na sessão, Maffeis foi representado pelo advogado Patrick Allan Lipe de Freitas, que defendeu a legalidade das ações do prefeito e solicitou o arquivamento do processo. Segundo Freitas, a acusação não constitui crime nem quebra de decoro, e a viagem do prefeito a São Paulo estava alinhada a compromissos oficiais do município.
Os vereadores que votaram pela cassação foram: José Luís Buchalla (DC – Democracia Cristã), César Pantarotto Júnior (PL), Pastor Reginaldo (PL), Cabo Wesley (União Brasil), Vadão da Farmácia (DC), (Wagner Mastelaro (PT), Paulinho do Posto (Avante), Dra. Osterlaine (União Brasil), Tody da Unidiesel (Avante), Marcos da Ripada ((União Brasil), Fabiano Amadeu (MDB), Everaldo Santelli (MDB), Benedito Dafé (PL) e Isaias Fortunato (PP).
Apenas a vereadora Si do Combate ao Câncer (Avante) votou contra a cassação. Para que o mandato de Maffeis fosse cassado, era necessário o apoio de dois terços dos votos, ou seja, dez votos no total.
Após o resultado, a decisão foi encaminhada ao Cartório Eleitoral do município, e a defesa de Maffeis anunciou que recorrerá à Justiça, na tentativa de reverter a cassação. O ambiente político em Birigui permanece tenso e incerto, à espera dos próximos capítulos desta conturbada gestão municipal.
