Acusado de tentar matar ex a facadas vai a júri popular em Araçatuba nesta quinta

Crime ocorreu em agosto de 2022, no bairro São José.
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O pintor Elvis Ferreira Torrete, acusado de tentar matar a ex-companheira a facadas, vai a júri popular nesta quinta-feira (24), no Fórum Estadual de Araçatuba (SP). A tentativa de feminicídio ocorreu em agosto de 2022, na rua Alfredo Chiantelli, Jardim São José. O Tribunal do Júri se reúne a partir das 9h para julgar o caso.

Foto: KATRIN BOLOVTSOVA

Conforme denúncia do 12º promotor de Justiça de Araçatuba, Adelmo Pinho, entre maio e agosto de 2022, o denunciado, reiteradamente, perseguiu sua ex-companheira com ameaças de morte à vítima, dizendo que “ela não será de mais ninguém”.

As ameaças eram proferidas verbalmente e também por mensagens de texto via whattsapp e ligações telefônicas. Além disso, em algumas ocasiões, o denunciado invadiu, sem autorização, o quintal da residência da vítima, perturbando sua liberdade e privacidade, tudo por não aceitar o fim do relacionamento.

No dia 16 de agosto de 2022, por volta das 2h44, Torrete tentou matar a ex-companheira, com seis golpes de faca. A vítima gritou por socorro, o que motivou a fuga do denunciado.

A Polícia Militar, acionada pela própria vítima, chegou ao local dos fatos e encontrou o acusado nas proximidades, prendendo-o em flagrante. O réu permanece ainda preso, à espera do julgamento.

A vítima foi socorrida e encaminhada ao Pronto-Socorro local. Ela sofreu ferimentos em várias partes do corpo, como ombro, quadril, coxa esquerda, abdome e mamas.

Para o Ministério Público, o crime foi praticado com emprego de meio cruel, uma vez que, ao desferir seis golpes de faca em diversas regiões no corpo da vítima, “o denunciado demonstrou brutalidade e malvadez fora do comum”.

Além disso, o denunciado usou de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que a atacou de surpresa, quando ela acabara de abrir a porta de casa, sendo surpreendida pelos golpes do ex-companheiro, que portava duas facas.

O casal manteve um relacionamento por nove meses e, na época do crime, estava separado havia três meses.

À Justiça, o réu disse que estava bêbado e drogado no dia do crime e que estava apenas com uma faca.

Em sua defesa, disse que a vítima é que teria ido para cima dele e que sua intenção era apenas assustá-la, quando desferiu o primeiro golpe. Ele afirmou, ainda que não se lembrava de quantos golpes havia dado na ex-companheira.

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