A postura do vereador Dunga (União Brasil) durante manifestação de moradores do bairro Engenheiro Taveira, na Câmara de Araçatuba (SP), custou caro para o parlamentar. Os três funcionários emprestados da Prefeitura que ele tinha em seu gabinete com funções gratificadas foram mandados de volta a seus cargos de origem, na Prefeitura, pela presidente da Casa, vereadora Cristina Munhoz (União Brasil).
O parlamentar criticou a condução da 35ª sessão ordinária do ano, realizada na última segunda-feira (4), por causa dos protestos de moradores de Taveira, que enfrentam transtornos por causa de obras de instalação de galerias para a pavimentação do bairro.
O caso aconteceu durante homenagem de voto de pesar pela morte da ex-prefeita de Araçatuba Germínia Venturolli, na presença de familiares e amigos da política falecida no dia 25 de outubro.
“Elegemos uma Mesa Diretora que não tem pulso e não tem habilidade para comandar nada. Essa Casa acabou”, disse Dunga, ao microfone. Depois, rdirigiu-se à presidente Cristina Munhoz: “Ou a senhora toma providência, essa zona que virou, ou retira todo mundo”.
Portaria
Após o ocorrido, a parlamentar que comanda a Câmara Municipal de Araçatuba até 31 de dezembro deste ano decidiu baixar uma portaria devolvendo os funcionários lotados no gabinete do vereador à administração municipal.
Na Câmara, estes servidores recebiam salário de R$ 4.462,07, acima dos vencimentos referentes a seus cargos originais.
Os que estavam nomeados no gabinete de Dunga eram o coveiro Odair Correia, lotado na secretaria de Administração, com salário de R$ 1.640,00; a atendente da secretaria de Planejamento Nilda Martins, cujo vencimento é de R$ 2.513,50; e o professor de ensino básico I Cláudio Cristal, lotado na secretaria de educação, com salário de R$ 3.791,72.
Procurada, a presidente da Câmara não quis se manifestar. Nos bastidores, no entanto, há o entendimento que Dunga teria cometido violência política de gênero, pelo fato de a comandante da Casa ser uma mulher.