A pouco mais de um mês antes da posse, prevista para 1º de janeiro de 2025, os vereadores de Araçatuba se articulam para a escolha daquele ou daquela que irá presidir o Legislativo Municipal no biênio 2025-2026. Até agora, cinco parlamentares estão no páreo pela presidência da Casa, que em 2025 terá um orçamento de R$ 37 milhões.
Os postulantes ao cargo são, em ordem alfabética: Denilson Pichitelli (Republicanos), Edna Flor (Podemos), Fernando Fabris (PL), Gilberto Batata Mantovani (PSD) e Luís Boatto (Solidariedade).
A eleição será realizada logo após a posse do prefeito eleito Lucas Zanatta (PL) e dos 15 vereadores araçatubenses, durante a primeira sessão do ano, que será realizada às 10h do dia 1º de janeiro de 2025.
A sessão será presidida pelo vereador João Pedro Pugina (PL), que foi o mais votado nas eleições municipais de 2024, com um total de 5.530 votos.
Fernando Fabris
O estreante Fernando Fabris, que disputa a presidência da Câmara, disse que, até então, estava focado na vereança, mas acabou sendo convencido por integrantes de seu grupo e também de pessoas da sociedade araçatubense de que deveria entrar no páreo.
Fabris, que é do mesmo partido que o prefeito eleito Lucas Zanatta, o PL, rebateu as críticas de seus opositores de que sua ascensão à presidência fortaleceria ainda mais seu partido e conferiria mais poderes a Lucas Zanatta.
O PL elegeu, além de Fabris, a ativista Sol do Autismo e o publicitário João Pedro Pugina.
Fernando Fabris, que foi eleito com 3.329 votos, sendo o segundo mais votado, disse não ser uma extensão de Zanatta nem massa de manobra e que, portanto, não tem que concordar com tudo que a administração municipal decidir, garantindo que terá uma gestão independente, caso seja eleito presidente.
Disse, ainda, que sua intenção é fazer o melhor para a cidade, e que colocou seu nome à disposição ao atender a um clamor de seus colegas e eleitores.
Boatto
Dos candidatos à presidência, o primeiro a declarar interesse em comandar a Casa Legislativa foi o vereador Boatto, que anunciou a sua pretensão em 21 de outubro deste ano, 15 dias após ser reeleito com 2.793 votos.
Ele justificou sua candidatura declarando que há a necessidade de mudar o que ele chamou de “desgastada imagem” da Câmara e de incentivar uma nova postura entre os parlamentares, estimulando a participação da comunidade nas decisões legislativas.
Edna Flor
A atual vice-prefeita de Araçatuba, Edna Flor, eleita para o seu quarto mandato na Câmara local, com 2.936 votos, também colocou o seu nome à disposição para concorrer à presidência.
A vereadora eleita, que já cumpriu três mandatos no Legislativo araçatubense, foi a primeira mulher a presidir a Câmara de Araçatuba, no biênio 2009-2010, e já teria o apoio de alguns pares para voltar ao posto.
Batata
Gilberto Batata Mantovani, que vai para o quinto mandato parlamentar, ao ser reeleito com 1.776 votos, também quer ser o presidente da Câmara, depois de exercer por duas vezes o cargo de vice-presidente.
Batata, aliás, já tinha esta pretensão em 2022, mas na época, acabou apoiando a atual presidente, Cristina Munhoz (União Brasil), que acabou eleita com sete votos.
Desta vez, o vereador está no PSD, sigla que possui a maior bancada na Câmara, juntamente com o PL. O PSD elegeu, além de Batata, o médico Luciano Perdigão e o presidente das Federação das Associações Culturais Nipo-Brasileiras da Noroeste, Hideto Honda.
Denilson Pichitelli
O vereador eleito Denilson Pichitelli também tem pretensão de ser presidente da Câmara. Ele irá cumprir seu segundo mandato, ao ser eleito com 1.676 votos. Sua primeira passagem pelo Legislativo local foi no período de 2017 a 2020.
Pichitelli, que preside o Sisema (SiIndicato dos Servidores Municipais de Araçatuba e Região), disse que vem dialogando com seus colegas, e que há a possibilidade de chegarem a uma composição. No entanto, não detalhou que composição seria esta.
Prefeito eleito disse que acompanha de longe
O prefeito eleito de Araçatuba, Lucas Zanatta, que está finalizando o seu segundo mandato de vereador, disse que acompanha as articulações de longe e que, a princípio não está se envolvendo. “Mas isso não significa que não venha a fazê-lo”, admitiu.
Zanatta disse que agora é o momento de os vereadores dialogarem e que respeita a independência do Poder Legilativo.
Perguntado se tem preferência por algum nome de seu partido, disse que não possui. “Até porque, todos eles têm um bom histórico político”, argumentou.
Ele afirmou, no entanto, que espera ter pelo menos um vereador do PL na Mesa Diretora da Câmara de Araçatuba. Se não na presidência, e um dos outros cargos existentes.
Além do presidente, os vereadores vão eleger o vice-presidente, primeiro-secretário e segundo-secretário.