*Vanilda Maria Barboza (Vanda)
Vivemos em uma sociedade marcada por desafios econômicos, sociais e ambientais que demandam ações coletivas e urgentes. Neste cenário, o Terceiro Setor surge como uma força indispensável para complementar o papel do poder público e do mercado, oferecendo suporte a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade. Entretanto, para que estas instituições cumpram a sua missão, a solidariedade torna-se o alicerce que sustenta a sua atuação.
Não se trata apenas um valor humano essencial; é também um gesto concreto que permite que organizações assistenciais transformem vidas. No Brasil, muitas dessas instituições dependem quase exclusivamente de doações financeiras, materiais e do trabalho voluntário. Cada ato de generosidade, seja ele grande ou pequeno, ecoa em ações que promovem a dignidade, a saúde, a educação e o bem-estar de quem mais precisa.
Administrar uma instituição do Terceiro Setor é um exercício contínuo de resiliência e criatividade. Em tempos de crise econômica, como os vividos nos últimos anos, captar recursos e engajar voluntários tornou-se um desafio ainda maior. Muitas vezes, o trabalho dessas organizações é invisível para grande parte da sociedade, apesar de sua relevância.
A solidariedade expressa por meio de doações financeiras permite que instituições mantenham serviços básicos em funcionamento. Pagamento de contas, compra de insumos e manutenção de equipamentos muitas vezes dependem diretamente dessa contribuição.
Além do dinheiro, donativos de itens como roupas, alimentos, medicamentos e materiais de higiene também são essenciais para atender necessidades imediatas. Contudo, é importante lembrar que doações não são apenas um ato de caridade; são um gesto de reconhecimento de que todos somos parte de uma sociedade interdependente.
O voluntariado é outra forma de solidariedade que exerce um impacto imensurável no Terceiro Setor. Voluntários doam o bem mais precioso que possuem: seu tempo. Seja auxiliando em atividades administrativas, oferecendo serviços especializados ou simplesmente estando presentes para ouvir e apoiar, esses indivíduos ampliam a capacidade de atendimento das instituições.
E o voluntariado também é uma via de mão dupla. Quem dedica parte de sua vida ao próximo ganha uma nova perspectiva sobre a realidade, desenvolve empatia e fortalece sua cidadania.
A solidariedade é um dos pilares que sustentam a coesão social. Em um mundo onde muitas vezes predomina o individualismo, ser solidário é um ato de resistência e humanidade. Trata-se de uma forma de construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Pequenos gestos fazem grandes diferenças. Um simples real doado por diversas pessoas pode se transformar em refeições para famílias inteiras. Algumas horas de voluntariado por semana podem garantir educação e suporte emocional para crianças e adolescentes.
Como presidente de uma entidade que atua na área da saúde, diariamente o impacto positivo que a solidariedade pode gerar. São histórias de superação, de vidas resgatadas e de esperanças renovadas que só são possíveis graças à generosidade de pessoas comuns, que decidem fazer a diferença.
Por isso, convido você a participar dessa corrente. Seja por meio de doações, voluntariado ou simplesmente compartilhando nossa mensagem, sua solidariedade é indispensável. Juntos, podemos transformar desafios em oportunidades e construir um futuro melhor para todos.
A força do Terceiro Setor está na sua capacidade de mobilizar corações e mentes. A solidariedade é a ponte que conecta quem pode ajudar com quem precisa de ajuda. Que em 2025 ela continue sendo um valor que nos une e nos fortalece como sociedade.
*Vanilda Maria Barboza (Vanda) é presidente da Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates, de Araçatuba (SP).
