A prefeita de Birigui (SP), Samanta Borini (PSD), anunciou, nesta segunda-feira, 6 de janeiro, que herdou uma dívida de R$ 180 milhões da gestão de Leandro Maffeis (Republicanos) e que está sem dinheiro em caixa para fazer o pagamento, na próxima quarta-feira, 8, da folha dos servidores municipais, orçada em R$ 12 milhões.
Por esta razão, os funcionários do município irão receber de forma escalonada, a começar pelos que ganham os menores valores, a partir da próxima quarta-feira, 8 de janeiro. A prefeita disse que não há previsão paga concluir o pagamento, mas garantiu que a quitação da folha é a prioridade financeira do município.
“Agora em janeiro, temos o IPTU e, conforme entrar dinheiro em caixa, vamos fazendo o pagamento dos servidores, disse Samanta, que recebeu a imprensa, na manhã desta segunda-feira, para a sua primeira entrevista coletiva como prefeita de Birigui, no Centro Administrativo do município.
A prefeita estava ao lado do vice-prefeito, Marcelo Parizati (PSD), do secretário municipal de Saúde, Roque Haroldo Bonfim, e do chefe de gabinete, Paulo Batista de Souza, para abordar, além das finanças, a manutenção da intervenção na Santa Casa local e a situação de emergência no transporte de pacientes.
O vice-prefeito classificou como crítica a situação financeira de Birigui e pediu aos fornecedores e colaboradores que deem um voto de confiança à nova administração. “Não vamos conseguir colocar a casa em ordem no primeiro ou segundo mês, mas vamos solucionar o problema.
R$ 100 milhões de dívidas com fornecedores
Do total dos R$ 180 milhões em dívidas, R$ 100 milhões são referentes a fornecedores, cujo pagamento, segundo Parizati, está atrasado desde maio de 2024. “Alguns fornecedores chegaram a nos dizer que não iria mais vender para a Prefeitura, mas conseguimos reverter”, afirmou.
Samanta Borini disse que pretende quitar os débitos com os fornecedores de forma parcelada. “Vamos estudar tudo o que está em aberto”, disse.
Parizati, por sua vez, lembrou que, apesar da dívida, o município precisa dar sequência no andamento da Prefeitura e honrar compromissos com a folha de pagamento, repasses para a saúde e Biriguiprev.
Os outros R$ 80 milhões do débito da Prefeitura são referentes a chamada dívida ‘fundada’, cujo pagamento é feito a longo prazo como, por exemplo, os financiamentos e até mesmo o Biriguiprev.
Veículos ‘Sucateados’
Samanta Borini aproveitou a presença dos jornalistas para explicar, de forma detalhada, as medidas adotadas para que nenhum paciente do município que precisa de transporte para tratamento médico fora da cidade, fique desassistido.
Um decreto foi publicado no final da semana passada para oficializar a situação crítica encontrada no transporte da saúde. No documento a prefeita também elencou medidas adotadas para atenuar o dano aos pacientes, que estavam sem transporte desde o dia 12 de dezembro do ano passado.
“Estamos usando veículos da Educação e da Assistência Social e, desde o dia 1º de janeiro, quando assumimos a Prefeitura, nenhum munícipe ficou sem o transporte para atendimento na saúde, fora de Birigui”, explicou a prefeita.
A próxima etapa, conforme a prefeita, é reorganizar a frota da saúde e melhorar a escala de horários para os pacientes.