Homem de 58 anos morre por dengue em Araçatuba

Esta é a segunda morte pela doença no município em 2025.
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Um homem de 58 anos é a segunda vítima da dengue em Araçatuba (SP) em menos de uma semana. Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital da cidade, mas não resistiu às complicações da doença e faleceu nesta quarta-feira, 8 de janeiro.

O paciente foi internado com as plaquetas baixas, na semana passada. A dengue, no entanto, atingiu outros órgãos, como coração, pulmão e rim. Por isso, ele precisou ser transferido para a UTI e entubado.

A Vigilância Epidemiológica do município deverá ser informada e iniciar as investigações para verificar se foi caso de dengue hemorrágica. Outras duas mortes suspeitas de dengue grave, ocorridas nos dias 28 de dezembro de 2024 e 2 de janeiro de 2025 estão sendo investigadas.

Os materiais dos pacientes foram coletados e encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz de São Paulo.

A primeira vítima de 2025 é um homem de 66 anos que estava internado na Santa Casa local. Em dezembro do ano passado, um servidor público municipal de 54 anos também faleceu por dengue, após dias internado.

Explosão de casos

Araçatuba vive uma explosão de casos de dengue, com o registro de 348 pacientes infectados em apenas uma semana. Entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro, o número passou de 2.364 para 2.712 casos, um aumento de 14,7% em sete dias. .

Uma nova atualização da Vigilância Epidemiológica deve ser divulgada na próxima sexta-feira, 10.

Sorotipos

O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Em Araçatuba, segundo a Vigilância Epidemiológica, os vírus circulantes este ano são o 1, 2 e 3, este último ressurgiu após 15 anos, não só no município, mas no País.

A infecção por um dos vírus gera imunidade contra o mesmo sorotipo, mas é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente.

Por isso, existe, ainda, o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por um outro tipo de vírus.

No caso do sorotipo 3, a agravante é que a população possui baixa imunidade em relação a ele, principalmente os mais jovens, devido ao fato de ter ficado sem circular na região por uma década e meia, o que eleva o risco de uma epidemia.

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