Araçatuba acumula 587 casos de dengue nos primeiros dez dias de 2025, o que dá uma média diária de 58 pacientes infectados. A informação é da Vigilância Epidemiológica do município, que divulgou nesta sexta-feira, 10, a atualização dos pacientes com a doença transmitida pelo Aedes aegypti.
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A quantidade de casos registrados em 2025 já equivale a 20% dos notificados em todo o ano de 2024, quando a doença atingiu 2.923 moradores de Araçatuba e causou duas mortes, uma em maio e outra em dezembro.
Este ano, já são três mortes por dengue em Araçatuba em investigação no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, que recebeu materiais colhidos das vítimas para a realização de exames.
O primeiro óbito ocorreu em 2 de janeiro e foi confirmado como morte por dengue pela Vigilância Epidemiológica da Santa Casa de Araçatuba. É o caso de um homem de 66 anos que estava internado naquele hospital.
O outro, de um homem de 58 anos, ocorreu na quarta-feira, 8. Segundo a família, ele testou positivo para a doença transmitida pelo Aedes aegypti e teve várias complicações que teriam sido provocadas pelo vírus da dengue.
A terceira morte, que é tratada como suspeita, ocorreu em um hospital particular de Araçatuba, também neste mês de janeiro.
A diretora das Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária de Araçatuba, enfermeira Priscila Cestaro, afirma que a situação da dengue no município é preocupante e que a investigação das mortes segue um protocolo do Ministério da Saúde.
Neste processo, são verificados os prontuários dos pacientes, colhidos materiais dos pacientes nos hospitais e enviadas as amostras ao Adolfo Lutz. Ainda não há previsão de quando os resultados chegarão a Araçatuba, já que o lnstituto recebe solicitações de exame de todo o Estado.
Mutirão
A Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba iniciou, nesta sexta-feira, 10, mutirão de combate à epidemia de dengue. A ação, que será realizada em todos os bairros, pretende conscientizar e mobilizar a população para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti.
O mutirão também será realizado neste sábado, 11, e ao longo da próxima semana. Cerca de 300 agentes comunitários de saúde e de combate a endemias participam da ação.
Eles vão coletar e remover materiais inservíveis, com potencial de acumular água nos locais visitados, como latas, garrafas, plásticos e pneus. Todos estarão devidamente uniformizados e com identificação.
Sintomas:
- Febre alta com início súbito;
- Forte dor de cabeça;
- Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
- Perda do paladar e apetite;
- Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
- Náuseas e vômitos;
- Tonturas;
- Extremo cansaço;
- Moleza e dor no corpo;
- Muitas dores nos ossos e articulações.
Sinais de alarme:
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Queda abrupta na temperatura do corpo;
- Sangramentos;
- Agitação ou sonolência;
- Choro persistente em crianças;
- Tontura ou desmaio;
- Pele fria e pálida;
- Dificuldade de respirar;
- Diminuição da quantidade de urina.
Em casa, lembre-se que:
- Repouso é importante para a sua recuperação: evite qualquer esforço físico. Os líquidos são fundamentais para evitar o agravamento da doença.
- Beba em grande quantidade ao longo do dia, água, chá, sucos, água de coco, soro caseiro ou soro de reidratação oral (S.R.O).
- Nunca tome medicamentos sem prescrição médica.
- Os medicamentos à base de salicilatos (AAS) não devem ser utilizados, pois podem causar ou agravar sangramentos.
- A dengue pode tirar a fome, mas é importante não parar de comer. Prefira alimentos frescos e evite os alimentos gordurosos.
Se surgir algum sinal de alarme, procure o serviço de saúde imediatamente.
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