Varejo deve abrir 30 mil vagas no último trimestre, impulsionado por datas festivas

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) projeta a criação de cerca de 30 mil novas vagas de emprego no varejo paulista no último trimestre de 2024. Essa expectativa representa um crescimento de 33,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando aproximadamente 22,4 mil vagas foram geradas.

Segundo a FecomercioSP, o aumento da demanda por trabalhadores temporários é motivado pelo incremento do consumo, impulsionado pelo pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário e por datas comemorativas como Black Friday, Natal e Réveillon. Estima-se que 75% das vagas sejam criadas em novembro, com o início do movimento de compras intensificado pelo pagamento adicional aos trabalhadores celetistas.

Os cargos mais requisitados incluem atendentes e vendedores, seguidos por operadores de caixa, repositores de mercadorias e embaladores. A federação também destaca que aproximadamente 20% dessas vagas têm potencial de efetivação após o término do período sazonal, estendendo-se para o início de 2025.

O estudo aponta que 40% das novas vagas devem ser preenchidas em segmentos como vestuário, calçados e artigos de viagem, setores que tradicionalmente lideram a abertura de postos no final do ano. Outros 35% das oportunidades surgirão em supermercados e hipermercados, enquanto o restante será distribuído entre lojas de cosméticos, perfumarias, aparelhos de uso doméstico e estabelecimentos alimentícios como açougues e hortifrútis.

Perspectivas positivas para o mercado de trabalho

A FecomercioSP ressalta que a previsão positiva para o fim de 2024 é resultado de um ano marcado pela criação acelerada de empregos. Entre janeiro e agosto, o setor varejista gerou um saldo positivo de 19,2 mil postos formais de trabalho, em contraste com as 4,8 mil vagas criadas no mesmo período de 2023.

Esse aquecimento no mercado de trabalho é uma resposta ao desempenho acima do esperado da economia brasileira, com o consumo das famílias impulsionando as receitas do comércio varejista. A expansão do crédito e políticas fiscais favoráveis também contribuíram para esse cenário otimista, indicando uma tendência de crescimento contínuo até o final do ano.

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