Com dificuldade em conquistar apoio de colegas de seus partidos, os vereadores Gilberto Batata Mantovani (PSD) e Denilson Pichitelli (Republicanos) cogitam desistir da candidatura à presidência da Câmara Municipal de Araçatuba (SP) e viabilizar um outro nome para a disputa, que terá seu desfecho no dia 1º de janeiro de 2025, na sessão de eleição para a Mesa Diretora.
Caso os dois desistam, os nomes que estarão oficialmente no páreo, até agora, são os dos vereadores eleitos Edna Flor (Podemos), vice-prefeita de Araçatuba; Fernando Fabris (PL) e do parlamentar reeleito Luís Boatto (Solidariedade).
No caso de Batata, a possibilidade de desistência deve-se à falta de apoio de seu correligionário Hideto Honda (PSD). Já no de Pichitelli, deve-se à dificuldade em conquistar o voto de seu colega de partido Carlinhos do Terceiro.
Tanto Honda quanto Carlinhos estariam propensos a apoiar Edna Flor, cuja candidatura vem sendo articulada pelo empresário Rodrigo Atayde, vereador eleito pelo PRTB. Ela também teria a simpatia de Ícaro Morales (Cidadania) e Arlindo Araújo (Solidariedade), este um velho amigo da vice-prefeita.
A possível desistência de Batata e Pichitelli pode favorecer Boatto, que busca o apoio de seus pares para se tornar o próximo presidente da Câmara. Além dos dois, Boatto ganharia também a adesão do médico Luciano Perdigão (PSD).
Fabris, por sua vez, tem a simpatia do prefeito eleito Lucas Zanatta (PL). Seu partido elegeu outros dois vereadores, João Pedro Pugina e Sol do Autismo. Fabris também teria o apoio de Damião Brito (Rede), que tem mostrado proximidade com o novo mandatário do Executivo.
Sem reunião
Batata e Pichitelli negam a informação de que o prefeito Dilador Borges (PSDB) estaria tentando viabilizar os seus nomes para a presidência da Câmara.
“Estão dizendo que houve uma reunião entre vereadores eleitos e o Dilador em busca de apoio para a gente, mas isso não aconteceu. Isso é fake news”, afirmou Batata.
O vereador Ícaro Morales (Cidadania), inclusive, usou suas redes sociais para negar que tenha participado de reunião com o prefeito Dilador com esta finalidade. “Eu estava fazendo o Atamor, não participei de reunião nenhuma”, declarou.
Quem também negou que tenha ido ao tal encontro, conforme divulgado, foi o pastor João Moreira (PP).
Busca por votos
A busca por apoio e votos tem se intensificado nos últimos dias, para viabilizar esta ou aquela candidatura, por isso o cenário pode mudar até o dia 1º de janeiro, quando será conhecido o vereador que irá presidir a Casa de Leis no biênio 2025-2026 e que tem um orçamento de R$ 37 milhões previsto para o próximo ano.
