Araçatuba gasta R$ 12 milhões com remédios e terapias por determinação da Justiça

Gastos foram contabilizados em 2024 e são um desafio para o município, que teve mais de R$ 2,3 milhões de verbas públicas sequestradas.
O secretário de Saúde Daniel Martins Ferreira, durante audiência na Câmara - Foto: Angelo Cardoso
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Araçatuba gastou R$ 12 milhões para custear medicamentos, terapias, dietas, internações e outros procedimentos médico-hospitalares por determinação da Justiça, no ano de 2024. As despesas decorrentes de ações judiciais, na chamada judicialização da saúde, é um desafio para o município, que pretende discutir o que pode ser feito para reduzir estes gastos, durante a Conferência Municipal de Saúde que será realizada no dia 15 de março, no UniSalesiano.

Segundo o secretário municipal de Saúde, o médico Daniel Martins Ferreira Júnior, Araçatuba gastou R$ 8 milhões em remédios para atender 200 mil pessoas, enquanto que os R$ 12 milhões gastos para atender a decisões da Justiiça atender apenas cerca de 1 mil pessoas.

“Isso não tem sentido. Todos nós precisamos discutir o que podemos fazer para reduzir os gastos em judicialização. Alguma coisa a gente precisa fazer”, afirmou o secretário, durante audiência pública realizada na última sexta-feira, 28 de fevereiro, na Câmara Municipal.

Os gastos com medicamentos estão em primeiro lugar no ranking. Um total de R$ 5 milhões foram desembolsados pelos cofres municipais para esta finalidade. Em segundo, estão os serviços de home care e terapias, que consumiram R$ 3,352 milhões. Veja as despesas com judicialização abaixo.

Gastos com a judicialização em 2024:

  • Medicamentos R$ 5 milhões
  • Material médico-hospitalar R$ 1,480 milhão
  • Dietas R$ 1,355 milhão
  • Serviços de home care e terapias R$ 3,352 milhões
  • Total – R$ 11.929.042,88

O secretário municipal de saúde também citou o sequestro judicial de verbas públicas, que totalizou R$ 2,329 milhões em 2024.

Estes recursos saíram da conta da Prefeitura para garantir o cumprimento de decisões liminares da Justiça relacionadas à saúde.

“E, às vezes, isso ocorre antes mesmo de o município oferecer uma constestação ou solicitar uma perícia judicial”, afirmou.

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