Um homem de 64 anos procurou a Polícia Civil de Araçatuba na tarde de terça-feira (27), para denunciar uma situação de calúnia ocorrida em um supermercado, localizado na Avenida dos Araçás, no bairro São Joaquim.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem relatou que após almoçar em um restaurante próximo ao local, entrou no mercado levando consigo algumas frutas — maçãs e um limão — que já possuía. Segundo ele, buscou informações na entrada sobre a possibilidade de guardar os itens, mas foi informado que o estabelecimento não dispunha de armários.
Na tentativa de evitar qualquer mal-entendido, o cliente pediu uma sacola no caixa para acondicionar os itens trazidos de fora. No entanto, enquanto realizava suas compras, foi abordado por seguranças do mercado, que o acusaram de furtar as frutas. Os funcionários alegaram que uma colaboradora teria presenciado o suposto furto.
O homem afirmou que questionou quem teria feito a denúncia, mas os seguranças se recusaram a revelar. Mesmo explicando que as frutas eram de sua posse antes de entrar no mercado — inclusive destacando que o limão, um dos itens, nem sequer estava à venda no local —, os agentes de segurança exigiram nota fiscal.
A vítima ainda relatou que os seguranças mencionaram a existência de imagens que comprovariam o furto. Contudo, quando solicitou acesso às gravações, a solicitação foi negada sob a alegação de que apenas a autoridade policial poderia requerer.
Diante do constrangimento, a vítima decidiu deixar o mercado sem concluir suas compras, levando apenas os itens que já estavam consigo, o que, segundo ele, demonstra claramente que não houve furto.
Sentindo-se injustiçado e caluniado, o homem procurou a delegacia e manifestou interesse em processar criminalmente os responsáveis pela acusação. O caso foi registrado como calúnia, conforme o artigo 138 do Código Penal Brasileiro, e deverá ser apurado pela Polícia Civil.