Araçatuba: homem confessa à polícia ter matado ex por ciúme, após descobrir traição

Neusa Maria Souza foi morta com 24 facadas, na tarde dessa quarta-feira, 9, no bairro Porto Real.
A delegada titular da DDM de Araçatuba, Luciana Pistori, disse que o autor não demonstrou arrependimento
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O homem que matou a ex-companheira na tarde dessa quarta-feira, 9, no bairro Porto Real, em Araçatuba (SP), confessou à polícia que assassinou Neusa Maria Souza, 61 anos, por ciúme, após descobrir uma traição. Ele foi preso no final da manhã desta quinta-feira, 10, e responderá pelo crime de feminicídio.

Após a prisão, o homem, um pintor de 59 anos, foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde prestou depoimento. Segundo a delegada Luciana Pistori, ele não demonstrou arrependimento.

A polícia solicitou à Justiça a prisão temporária do pintor por 30 dias e descobriu que ele é investigado por um homicídio, ocorrido no município de Taboão da Serra (SP). O caso envolveria a venda de uma arma de fogo.

O autor do feminicídio foi preso em uma residência localizada na rua Dirceu Pereira dos Santos, bairro Etheucle Turrini, em Araçatuba, após uma equipe da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam), da Polícia Militar, receber a informação de seu paradeiro.

Ao ser questionado, o homem confessou o crime e disse não ter premeditado o assassinato. Com ele, os policiais encontraram o celular da vítima que foi usado para enviar mensagens aos familiares de Neusa Maria Souza, enquanto seu corpo era velado na funerária da Capela Municipal, na manhã desta quinta-feira.

Nas mensagens, ele disse aos familiares da vítima que a matou porque havia sido traído e que ela teria dado dinheiro dele para outro homem, o que o deixou transtornado.

Churrasco e facadas

Familiares disseram à reportagem que o casal manteve um relacionamento por oito anos e estava separado havia alguns meses. O homem teria atraído a mulher para sua casa, no Porto Real, dizendo que aceitaria o término e que ela poderia levar seus pertences que ainda estavam na residência.

Neusa foi até a casa do ex-companheiro e aceitou o convite dele para comer churrasco e ingerir bebida alcóolica. Os dois, no entanto, passaram a discutir, quando ele passou a acusá-la de traição.

Na sequência, desferiu 24 facadas na mulher, que não resistiu aos ferimentos, falecendo no local. Após matar a ex-companheira, o pintor saiu com a faca utilizada no crime na mão, dizendo aos vizinhos que chamassem por socorro, pois havia esfaqueado a ex-mulher.

A pena para o crime de feminicídio varia de 20 a 40 anos no Brasil.

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