Dengue: Estado de SP registra 32 mil casos e lança plano de contingência

Estado de SP registra 32.788 casos de dengue e reforça plano de contingência 2025/2026.
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  • Aumento de casos: O Estado de São Paulo já registrou 32.788 casos de dengue e sete óbitos até 27 de janeiro.
  • Medidas preventivas: O Governo lançou o Plano de Contingência 2025/2026 e reforçou ações de conscientização, como o site dengue100duvidas.sp.gov.br.
  • Vigilância ativa: As Unidades Sentinela monitoram em tempo real os sorotipos do vírus em circulação, com destaque para o DENV-3.

SP confirma 7 óbitos e reforça ações de prevenção e vigilância

O Governo do Estado de São Paulo anunciou novas ações de enfrentamento à dengue após o registro de 32.788 casos confirmados e sete óbitos até o dia 27 de janeiro. O aumento nos números reforça a importância das medidas de prevenção e conscientização para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Imagem Ilustrativa © Fernando Frazão/Agência Brasil

Entre as iniciativas, destaca-se o Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas 2025/2026, que abrange estratégias de monitoramento, controle e conscientização para combater dengue, chikungunya e zika. O plano foi apresentado em 15 de janeiro pela Vigilância Epidemiológica, que identificou a prevalência do sorotipo DENV-3 em circulação no estado. Essa variante do vírus estava em baixa circulação desde 2016, o que aumenta a vulnerabilidade da população.

As ações também incluem a atuação de 71 Unidades Sentinela distribuídas em todo o território paulista, que coletam amostras de pacientes com suspeita de dengue para análise laboratorial no Instituto Adolfo Lutz. Essa rede de vigilância permite o monitoramento em tempo real e a identificação dos sorotipos do vírus em circulação.

Para ampliar o alcance das informações, o Governo lançou o site dengue100duvidas.sp.gov.br, que reúne orientações sobre prevenção, desmistifica fake news sobre a doença e incentiva a participação ativa da população. A eliminação de criadouros continua sendo uma das principais formas de combate ao mosquito.

Além disso, o Instituto Butantan está em fase de preparação para produzir uma vacina nacional contra a dengue, que será distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), caso receba aprovação da Anvisa. Enquanto isso, a vacinação está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos nas regiões mais afetadas.

Com o avanço das medidas de prevenção e vigilância, o Estado busca conter o avanço da dengue e reforça a necessidade de participação coletiva para eliminar criadouros e reduzir o impacto da doença.

Brasil já produz a vacina contra a dengue?

O Brasil importa as duas vacinas de dengue licenciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda não existe produção nacional da vacina, mas o Instituto Butantan já se prepara, em caso de receber a aprovação sanitária da Anvisa, para produzir lotes comerciais para distribuir a vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante nacional vai fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e a soberania do país no fornecimento de vacinas contra a dengue. Durante testes, a vacina do Butantan evitou a doença em 79,6% dos vacinados ao longo de um período de dois anos, protegendo tanto quem já tinha tido dengue como aqueles sem infecção prévia.

Quem pode tomar a vacina contra a dengue?

A vacinação contra a dengue está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que apresenta maior risco de agravamento, e regiões com maior incidência da doença.

Dengue mata?

Sim, a dengue pode levar à morte, especialmente quando evolui para formas graves da doença, conhecida antigamente como dengue hemorrágica ou síndrome de choque da dengue. Embora o sangramento nem sempre esteja presente nas formas graves, podem ocorrer disfunções graves em órgãos e choque, aumentando o risco de morte.

Quem já pegou dengue alguma vez pode contrair a doença novamente?

Sim, é possível contrair a dengue mais de uma vez. Existem quatro sorotipos conhecidos, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A imunidade é permanente ao sorotipo que causou a infecção, o que significa que a pessoa pode ser infectada por outros sorotipos.

O que é dengue tipo 3?

O sorotipo DENV-3 é uma das quatro variações do vírus da dengue presente no Brasil. Desde 2016, em baixa circulação, ele voltou a ser identificado no Estado. Por isso, a população encontra-se mais vulnerável a ela, pois as pessoas infectadas só ficam imunes ao sorotipo que adquiriu.

Quais as diferenças entre a dengue, zika e chikungunya?

Embora a dengue, a chikungunya e a zika sejam transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e compartilhem sintomas semelhantes, existem diferenças sutis que ajudam no diagnóstico.  

A dengue é marcada por febre, dores musculares, dor de cabeça e atrás dos olhos, náuseas ou vômitos, manchas avermelhadas pelo corpo, dificuldade para respirar e indisposição. Já a chikungunya causa febre alta e dores intensas no corpo, especialmente nas articulações, que podem persistir por semanas ou até meses.

A zika, por sua vez, apresenta sintomas como dor de cabeça, febre baixa ou ausente, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e olhos avermelhados. Essa doença representa um risco significativo para gestantes, podendo causar malformações no feto, como microcefalia e alterações neurológicas, além de aumentar a chance de aborto, parto prematuro ou óbito fetal.

Pet pode pegar dengue?

Cachorros e gatos não correm o risco de pegarem dengue. O mosquito Aedes aegypti pode chegar a picar o animal, mas a doença não se desenvolve. Mesmo assim, os tutores precisam ficar atentos, já que o mosquito pode transmitir doenças parasitárias aos animais, como a dirofilariose, também chamada “doença do verme do coração”, comum nas regiões litorâneas.

O verme do coração é uma doença parasitária cardiopulmonar grave, em que um parasita parecido com uma pequena lombriga, ao chegar na fase adulta, se aloja no coração do pet. Os sintomas podem aparecer tardiamente, somente após o desenvolvimento do parasita, e se não detectada a tempo pode matar o animal.

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