Edna Flor propõe “Bolsa Trabalho Municipal” para combater o desemprego em Araçatuba

Projeto de lei de autoria da presidente da Câmara de Araçatuba será votado na próxima segunda-feira (13).
A presidente da Câmara de Araçatuba, vereadora Edna Flor (Podemos)
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Projeto de lei que será apreciado na próxima segunda-feira (13) pelos vereadores de Araçatuba (SP) prevê a criação do “Programa Bolsa Trabalho Municipal”. A iniciativa, de autoria da presidente da Câmara Municipal, vereadora Edna Flor (Podemos), tem como objetivo principal oferecer ocupação, renda e qualificação profissional para cidadãos desempregados, promovendo a reinserção ao mercado de trabalho.

O programa, se aprovado, vai disponibilizar 100 vagas para beneficiários que receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 750,00 mensais. Além do suporte financeiro, os participantes terão acesso a cursos de capacitação profissional e atividades educativas focadas em cidadania, empreendedorismo e economia criativa e circular.

Estrutura e Funcionamento do Programa

De acordo com o projeto, o benefício será concedido por um período mínimo de nove meses. Durante esse tempo, os participantes cumprirão uma jornada de quatro horas diárias em serviços a serem definidos pelas secretarias municipais. Um dia da semana será dedicado exclusivamente à participação nos cursos de qualificação.

Para ser elegível, o candidato deve ter no mínimo 18 anos e comprovar residência em Araçatuba por pelo menos dois anos. O processo de seleção dará prioridade a grupos considerados mais vulneráveis, como mulheres vítimas de violência, mães responsáveis pelo sustento da família e pessoas desempregadas há mais tempo.

Fundamentação Legal e Social

A autora do projeto ressalta, em sua justificativa, que a proposta está em conformidade com a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei Federal n.º 8.742/1993), que prevê a promoção da integração ao mercado de trabalho como um de seus objetivos.

A parlamentar também aponta que a iniciativa pode ser um instrumento importante para romper o ciclo de violência doméstica, ao oferecer independência financeira para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Sem vinculo

O texto do projeto de lei destaca, ainda, que a participação no programa não cria vínculo empregatício com o poder público, reforçando seu caráter assistencial.

A fundamentação cita uma decisão recente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que validou a constitucionalidade de programas similares, entendendo que eles visam à assistência social e à manutenção da estabilidade, sem ferir as regras de acesso ao serviço público.

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