O médico L.R., que estava de plantão no Pronto Atendimento São Luiz Gonzaga, de Luiziânia (SP), foi esfaqueado por uma mulher que acompanhava a mãe, no Pronto Atendimento de Luiziânia (SP), município localizado a 67 km de Araçatuba (SP).
O caso aconteceu na noite de sábado (13). A vítima registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que vai investigar a tentativa de homicídio.
O médico contou à reportagem do Radar18 que mãe e filha chegaram já exaltadas à unidade de pronto atendimento, por volta das 20h de sábado, e passaram a gritar que queriam ser atendidas.
Na sequência, as duas passaram a ofender os funcionários que estavam na recepção, com palavras de baixo calão, e a desmerecer o local, dizendo que a unidade era uma porcaria.
O médico foi até a recepção e, ao perguntar o que estava acontecendo, as pacientes disseram que estavam passando mal e precisavam ser atendidas imediatamente. O profissional diz, no entanto, que as duas chegaram a pé à unidade e a mãe se queixava apenas de dor no ombro.
Como as ofensas contra a equipe e a unidade continuaram, o médico resolveu ligar para a polícia. Foi quando a filha se irritou e saiu, dizendo que ele pagaria “pelo que estava fazendo”.
Pouco tempo depois, a mulher retornou e passou novamente a proferir ofensas. As duas ficaram ainda mais irritadas, porque os funcionários começaram a filmar a cena, para se protegerem de uma eventual acusação. Neste momento, a filha deu um soco no braço de uma funcionária, para derrubar o celular no chão.
Ataque
Quando o médico achou que os ânimos tivessem acalmados, resolveu entrar novamente na unidade, quando deu as costas para a filha. Nesta hora, segundo ele, a mulher o pegou pelo braço e passou a atingir o seu pescoço.
O profissional de saúde diz que só não se feriu gravemente, até com risco de morte, porque a faca entortou.
“Eu até pensei, inicialmente, que os vergões no meu pescoço tinham sido devido à unha ou mesmo por causa de um soco, mas a enfermeira Adriana, que estava atrás de nós, viu a filha desferindo vários golpes com a faca”, contou.
Assustado
A Polícia Militar foi acionada, mas mãe e filha deixaram o local antes da chegada dos policiais. Foi feita uma busca na cidade, mas elas não foram localizadas.
Sem substituto, o médico teve de continuar os atendimentos na unidade, mesmo ferido. À reportagem, ele contou que trabalha no local há quatro anos e nunca havia passado por situação semelhante.
Ele também afirma que não havia necessidade de urgência no atendimento da mãe e que a unidade estava praticamente vazia, ou seja, a paciente logo seria atendida.
O médico acredita que a intenção da mulher era a de matá-lo e está muito assustado com o ocorrido.
“Ela saiu daqui e voltou com uma faca. Esperou o momento que eu estivesse desprevenido para desferir golpes onde ela sabia que causaria o maior dano possível”, afirmou ele, que está com dificuldades para movimentar o braço esquerdo.
Segurança
O Pronto Atendimento de Luiziânia não possui segurança. Por isso, na sessão da Câmara Municipal de segunda-feira (14), a vereadora Marta Casarotti (União Brasil) apresentou um requerimento em que solicita ao prefeito a colocação de um segurança, inclusive aos fins de semana.