Conselheiros da AEA pedem destituição do presidente Rodrigo Silva

Dirigente tinha até esta segunda-feira para apresentar as contas de 2024 aos conselheiros.
Rodrigo Silva, presidente da AEA: Conselho Fiscal pede seu afastamento | Foto: Divulgação
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Conselheiros da Associação Esportiva Araçatuba (AEA) decidiram, por unanimidade, abrir um processo administrativo para a destituição do presidente do time, Rodrigo Francisco da Silva. A decisão foi tomada em reunião realizada na noite desta segunda-feira (22). A alegação é a falta de prestação de contas do exercício de 2024 da AEA e uma dívida estimada em R$ 300 mil.

A apresentação das contas é uma obrigação prevista no Estatuto Social do time e deveria ter sido feita até março deste ano.

Como não houve a prestação de contas nem a convocação por parte da presidência, um quinto dos conselheiros e associados recorreu ao item estatutário que permite a convocação de uma assembleia, realizada em junho deste ano.

Nesta assembleia, foi concedido prazo de 90 dias para a apresentação das contas, a pedido do próprio presidente da AEA, que alegou o envolvimento do clube na Copa Paulista para solicitar mais tempo.

O prazo expirou nesta segunda-feira, mas o presidente do time não compareceu à reunião marcada. Pela manhã, Rodrigo Francisco da Silva enviou comunicado a diversos destinatários informando o cancelamento da reunião, sob alegação de ausência de informações e documentos de fornecedores.

Já o presidente do Conselho Deliberativo, Márcio Romano, apresentou carta de afastamento e não compareceu à reunião.

“Despreparo e má vontade”

Para membros do Conselho, a postura da atual gestão demonstra “uma recorrente tentativa de transferir responsabilidades, em vez de cumprir deveres básicos de transparência e prestação de contas”.

Esta conduta, segundo eles, expõe “despreparo e má vontade” e compromete a credibilidade do clube, por isso a decisão de instalar um processo administrativo para o impedimento (destituição) de Silva.

Prazo para defesa e nova assembleia

De acordo com o estatuto da AEA, o presidente do time tem prazo de cinco dias para se manifestar e apresentar sua defesa, com a devida prestação de contas.

Na sequência, os conselheiros irão realizar nova assembleia, no dia 1º de outubro, para analisar a defesa e votar pela destituição ou não do presidente. Havendo impedimento, será realizada votação para eleição de um novo dirigente.

Transparência e responsabilidade

À imprensa, os conselheiros afirmaram que a decisão de abrir o processo busca preservar a transparência, a honestidade e a responsabilidade na gestão da entidade.

Para eles, trata-se de um passo necessário para “mudar o futuro da Associação Esportiva Araçatuba e não permitir a continuidade das mesmas práticas que comprometem o clube há anos”.

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